terça-feira, 31 de março de 2009

Eat more chocolate #5

Alguns paquistaneses não sabem onde/o que é Portugal.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Eat more chocolate #4

Os portugueses não são os únicos que coçam os testículos, vulgo tomates.

Vão-se os dedos ficam os anéis.

Se há coisa que me chateia é ver um rapaz muito bonitinho e olhar para a mão dele e ver um anel. Aconteceu-me estes dias, no metro. Ia um rapaz muito giro, alto, com uns olhos azuis de cortar a respiração e quando olhei bem para lhe tirar as medidas, tinha um anel gigante de ouro (siiiiiim, ouro!) no dedo anelar da mão direita. E podem estar a pensar: oh lua, era uma aliança. Pois eu desconfio! Ou então era uma aliança muito pirosa e eu não queria ser a miúda que usa uma igual. Vejamos: os anéis são bonitinhos, os que são, mas é nas mãos delicadas de uma mulher e não numas mãos que se querem duras, trabalhadoras, com calos (ahhh, exagerei mas é para terem uma ideia!). Meus queridos, anéis não, por favor! E então se for mais que um (e de ouro) é o mote perfeito para uma mulher pegar numa faquinha (ou lima, ou tesoura ou o que tiver à mão) e cortar os pulsos, ali mesmo, em pleno metro. É piroso e é sinónimo de uma falta de gosto incrível! Se for uma aliança ainda se tolera (eu não sou muito disso, é certo, mas vá) mas tem de ser uma coisa bonita, que não tenha metro e meio e sem pedras em cima, em baixo ou de lado. De resto, esqueçam.

E se querem sair de casa e passear cheios de anéis nos dedos (infelizmente também já vi isto), que tal passearem pelo vosso quintal, ah?

domingo, 29 de março de 2009

Eat more chocolate #3

Para que é que servem mesmo a m**** dos dentes do siso?

Querido S. Pedro,

...quando neste post disse que e minha época balnear começaria nessa semana, eu estava a brincar! Não me digas que acreditaste e, por isso, mandaste vir umas nuvenzinhas e uma chuvinha? Oh, és um tolo. Eu nem gosto de praia podes perguntar a quem quiseres. Eu gosto é de ficar branquinha o ano todo, não gosto nada de estar uma tarde inteira na praia sem fazer nada só a apanhar sol de papo para o ar. Já os meus amigos gostam muito disso! Por isso S. Pedro, queria-te pedir, por eles, que mandasses o sol outra vez e o quentinho. Coitadinhos, estão cheios de trabalho e eu acho que merecem um solinho ao fim-de-semana, não? Vá lá, quero tanto que eles sejam felizes!

Com amor,
Lua

sábado, 28 de março de 2009

Eat more chocolate #2

Acabei de ver a Gwyneth Paltrow a falar espanhol. Tinha uma voz estranha.



Porque é que aqui se dobram os filmes? Porque não legendas?

Eat more chocolate #1

Em Barcelona não chove.

Pois. Novidade de ultima hora: em Barcelona está, efectivamente, a chover.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Quem desta vez?

Já não bastava terem-me comparado à prima do Cristiano Ronaldo, hoje duas das minhas miúdas disseram-me que era parecida com a Bella. E eu, muito burra - mas quem é a Bella? E elas lá me explicaram que era a personagem interpretada por Kristen Steward no filme Crepusculo! Ok, até fui investigar para ver as parecenças. Nada. Não encontro nadinha assim que se possa dizer parecido. Ela é assim um bocado para o sem sal! Eu faria melhor papel ao lado do Edward!


Vá, ma friends, digam lá de vossa justiça, não sou nada parecida, pois não? E para quem não conhece a minha carinha, bem laroca por sinal, pode sempre comparar o meu cabelo - na foto do perfil - com o cabelo da miúda. O meu bate pontos, eu sei!=D

quinta-feira, 26 de março de 2009

Eu queria ser chinesa…

...só para andar a passear com a minha super fantástica e linda máquina fotográfica Nikon e tirar fotos super fantásticas e lindas. O resto dispenso: os penteados, os olhos em bico, as roupas, as unhas (que só não são maiores porque começam a enrolar nas pontas), as maquilhagens. Mais nada, só a máquina.


E aqui que ninguém nos ouve, como elas (chinesas) são tantas porque não um raio vindo do céu acertar numa delas que, por acaso, estivesse a passar por mim e a miúda esticar o pernil ali mesmo, à minha frente e, por acaso, ter em sua posse uma máquina dessas e eu ter pena - porque podia passar alguém e gama-la - e ter que a trazer para casa? Eu juro que depois ligava ao 112. Juro.

quarta-feira, 25 de março de 2009

She acts like summer and walks like rain.

Há músicas que nos marcam. E eu lembro-me perfeitamente onde estava quando a ouvi a primeira vez. E nunca mais a esqueci. Não a ouço sempre, nem sequer a tenho na minha lista de MP3 ou no computador. Gosto de ouvi-la poucas vezes porque é assim que eu quero que seja. Gosto de ouvi-la alto e quase gritar a canta-la. Ainda me faz arrepiar e disparar o coração. E é sempre a primeira vez.



Um post à séria, ah?

segunda-feira, 23 de março de 2009

Vezinhos, Menistros e afins.

Eu tenho para mim que em Lisboa se fala outra língua. Não é que todos os portugueses que eu encontro aqui falam uma língua estranha? Ou então sou eu que não estou habituada já ao português, o que me parece, de todo, impossível. Eu sou uma gaja do norte, digo todas as letras, se tiver de dizer um palavrão também digo (não é muito o meu género mas as vezes não se aguenta) e não ando aqui a falar chique. No outro dia, só consegui perceber que eles eram portugueses porque a miúda virou-se muito alto para o namorado e disse, num tom altivo como quem manda, não sabes porque estou assim? Estou cheia de dores nas pernas! Já viste o que me fizeste andar? Vou-me sentar. E o indivíduo ficou com cara de parvo a olhar para ela e a pensar ainda bem que ninguém percebe sem saber que euzinha lá estava e tinha percebido tudo. Mas estes eram, de certeza do sul. Como o outro casal que estava no supermercado a comprar não-sei-o-quê mas que tinha de ter isto e aquilo. Como as duas mulheres que estavam no metro a falar sobre qualquer coisa que, lá está, não consegui identificar. Só se safaram uns moços, por acaso bem jeitosos, que passaram por mim na rua e disseram qualquer coisa tipicamente à norte! De resto, nada. E eu não tenho nada contra os Lisboetas mas, por favor, daqui a pouco estão a pedir a independência e a querer que o lisbonês seja a sua língua oficial. E depois é ouvir a célebre frase ouvida por aqui (mas em versão Espanha e Catalunha) - Nós não estamos em Portugal, estamos em Lisboa!


Se és lisboeta e estás a ler esta mensagem, opah, eu estava a brincar!

domingo, 22 de março de 2009

De la enfermedad.

Me duele la garganta. Me duele la cabeza. Me duele el oído. Me duele todo el cuerpo.


Estoy enferma.








Desculpem lá os erros em espanhol mas hoje isto não dá para muito mais.

sábado, 21 de março de 2009

A pólvora... mas um bocado tarde

Descobri que de casa às Ramblas demoro vinte minutos a pé. Descobri que de casa ao trabalho demoro meia hora. E agora estou a pensar no que poderia ter feito com os quase 100 euros que gastei em dois meses a andar de metro.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Agradecia-vos

Este post não é mais que um pedido a todos os gays e lésbicas de Barcelona para que se beijem quando me virem a passar. Antes de continuar, tenho de dizer que sou uma menina da aldeia, nascida e criada num pedacinho de terra até aos dezoito anos, altura em que entrei na faculdade e fui viver para o Porto. Ora, como vocês sabem, ou então não mas eu vou explicar, na aldeia não há gays. Na aldeia, os meninos dão beijos as meninas e as meninas aos meninos. E não há prostitutas, há vacas apenas (e são aquelas que pastem no campo), não há raptos (pois pois, eu conheço três) e também se casa virgem e essas coisas todas que são uma treta. Por isso, até aos dezoitos anos eu sabia o que era um gay de ver e ouvir na televisão. Quando me mudei para o Porto se vi dois ou três casais de gays/lésbicas, em quatro anos, foi muito. Mas agora estou em Barcelona e Barcelona é um mundo à parte. Aqui sim, já vi muitos e, confesso, que ao início me fazia um bocadinho de confusão apesar de eu não ser nada contra, aliás, tive bastantes discussões com o meu pai sobre esse assunto, visto ele ser um bocadinho quadrado nestas questões. O que eu quero é, então, que isto de ver gajas com gajas e gajos com gajos se torne uma coisa normal, como ver um namorado a beijar uma namorada (não aqueles todos melosos, horríveis, esses não suporto). E podem levantar-se as vozes dos moralistas e dizerem que eu estou a ter um comportamento discriminatório. Eu respondo: não, não estou! Eu estou apenas a adaptar-me a uma nova cidade, a pessoas completamente diferentes, a vivências distintas, a outras mentalidades. E falo dos casais homossexuais como falo das raparigas que andam vestidas de meias-calças e camisola (sem saia), das pessoas que não têm mais nenhum sítio onde pôr um piercing, do gajo chique que anda com uns sapatos que, para mim, são umas pantufas e que até acredito que tenham sido muito caros mas para mim continuam a ser umas pantufas, das mulheres que usam lenços a tapar o cabelo, das inglesas que andam quase nuas, dos homens que usam turbante, das miúdas que bebem redbull ao pequeno almoço, etc, etc. Primeiro estranha-se e depois entranham-se! E eu estou entre os dois! Por isso, habitantes/visitantes de Barcelona: quando acordarem de manhã e pensarem hoje vou passar pela Lua, vistam o que de mais estranho têm no guarda-vestidos, passeiem com os vosso namorada/o e quando passarem por mim, sorriam. E eu vou saber que estão ali por mim, para me ajudarem e que, no fim, eu vou ser uma pessoa completamente diferente, não lésbica porque eu gosto bastante de homens mas, com certeza, uma pessoa melhor. Obrigada.

terça-feira, 17 de março de 2009

Do sofrimento

Eu odeio depilação, odeio. E acho que odiar é muito pouco para o que realmente eu sinto. Primeiro, demoro muito tempo a ligar para a esteticista a marcar um dia e quando decido ligar já é tão em cima da hora que tenho de me sujeitar à hora que ela pode que é, normalmente, de manhã cedinho. Ora, acordar e saber que vou arrancar os meus pelos não é, realmente, a melhor sensação do mundo. Depois de tomar consciência que vai ter que ser, ponho-me a caminho e cada metro que ando só me dá mais vontade de voltar para a caminha e esquecer a praia e as minissaias. Mas o pior é a espera, o ouvir aquele barulho da banda a arrancar a cera da perna. É imaginar a cara que a pessoa está a fazer naquele momento! É imaginar a dor. Acabou de cair uma gota de suor no teclado só de falar nisto. A sensação que eu mais gosto é quando acaba. É fantástico porque penso sempre acabou e estou sem pêlos. E é aí que me sinto feliz por ter conseguido chegar ao fim, por não ter desistido e voltado para casa a meio do caminho. É ai que me sinto a Vanessa Fernandes da depilação.
E com isto tudo já devem ter percebido que eu só lá vou quando é extremamente necessário, ou seja, no Verão. Devem estar a imaginar o que é a minha perninha no inverno, certo? Mas não se apoquentem, não ando por aí a mostrar orgulhosamente os meus pêlos porque já foi criada a melhor-amiga-da-mulher-que-so-faz-depilação-no-Verão. Para mim, a pessoa que inventou a moda das meias opacas devia ser condecorada pelo Presidente da Republica, ter uma estátua ou, no mínimo, dar o nome a uma rua! E é por tudo isto que eu não curto gajos que se depilam porque têm sempre a opção de não o fazer. Mas não, parece que gozam e tenho sempre na ideia eles a rirem-se e a dizerem-me eu não preciso mas faço porque quero (devo ter sonhado com isto, de certeza). Grrrr. E se fossem às favas, não?



P.S. Este post é, na íntegra, dedicado a uma gaja que vi este fim-de-semana na praia. Minha querida, para perceberes bem o post vou explicar como se tivesses 4 anos. Apesar de não gostar e sofrer horrores, a depilação, principalmente das virilhas, é fundamental para quem quer ir para a praia. Não fica nada bonito pelinhos a sair pelo bikini, principalmente daqueles que se percebe que nunca viram cera ou gilete ou creme na vida. A serio, não fica bonito e as pessoas, no geral, não gostam d ver. Queres o número de uma esteticista, queres?

segunda-feira, 16 de março de 2009

Morrer ou não morrer: eis a questão!

Há uma coisa que me intriga muito nesta grande cidade. A grande questão que me surgiu foi: como é que aqui as pessoas sabem quem morreu? Eu sei que é um bocado estúpido pensar nestas questões mas na minha terrinha, em Portugal, quando morria alguém não faltavam papéis nos cafés, padarias, supermercados, nas floristas, em suma, eu todos os lugares por onde poderiam passar pessoas. E aconteceu-me várias vezes chegar a casa e a minha mãe perguntar viste quem morreu e eu dizia que sim ou que não e, caso a resposta fosse positiva, teria de dizer nome, idade, rua onde morava a tal alma (sim, isto aparece tudo no tal papel) para, assim, a minha mãe saber quem, de facto, tinha falecido. Ora, aqui não há nada disso. Não há papéis, não há caras espetadas nas montras, não há sinos a bater desenfreadamente e, caso não tivesse visto no mapa um dia destes, eu iria mais longe e diria que não há sequer cemitérios. E isto mete-me um bocado de impressão porque, apesar de toda a gente dizer que viver numa grande cidade não se conhece ninguém, não é bem assim. Uma pessoa que vive aqui vinte, trinta anos ou toda a vida faz amigos, de certeza. E se esse amigo mora na outra ponta da cidade e é daqueles que só se vê duas vezes por ano mas que se faz sempre uma grande festa? E entretanto ele morre, como é que sabemos? Quando vamos marcar o grande jantar de Natal, ligamos e a voz do outro lado diz o portador deste número faleceu há 67 dias e como nós não pomos papeis nas montras, é normal só saber agora? Acho isto muito impessoal e nem sequer podemos despedir-nos das pessoas, dar as condolências à família e assinar o livro de presenças (nunca assino porque parece-me um apelo desesperado das pessoas mostrarem que estiveram mesmo lá!). É isto ou então não se morre em Barcelona. E se assim for, meus amigos, se eu algum dia disser que quero ficar aqui para sempre, já sabem porque é!

domingo, 15 de março de 2009

La Playa

Vocês não têm noção de como se está bem na praia de Barcelona. E não têm noção do número de mulheres que fazem topless. E não têm noção de como os miúdos espanhóis são loucos. E também não sabem o número assustador de gajas que passeam pela praia a oferecer-se para fazer massagens aos banhistas.
Conclusão: o meu Verão vai ser passado na praia (óbvio) rodeada de mamas ao léu, de putos armados em panado e a dar gritos histéricos e de massagistas (gajas, blhec) a perguntar se quero massaje!

E o meu Verão começa para a semana!

quinta-feira, 12 de março de 2009

Das Ramblas

Vir a Barcelona sem ir as Ramblas é como ir a Roma e não ver o Papa. Sem dúvida que é o sitio mais conhecido desta grande cidade que tem, acreditem, um monte de coisas para se visitar.
Mas há aqui uma ligeira diferença entre as Ramblas de dia e as Ramblas de noite.
Durante o dia quase não se pode lá andar! Só pessoas, só pessoas, a tirar fotos, a rir alto, vestidas de maneiras estranhas, a beber grandes canecas de cerveja, animações de rua que vão de estátuas a gajos a imitar o Michael Jackson passando por gajos a fazer acrobacias e a armar-se em Ronaldinho Gaucho! São as tendas cheias de bandeiras do Barcelona e de sacos com o nome da cidade, postais, pulseiras, brinco e fios (a parte da bijutaria é de um mau gosto um bocado grande), são os restaurantes, são as esplanadas. Eu gosto!! E de noite, tudo se transforma. Continua a ser a rua mais movimentada, continua a passar montes de pessoas, continuam as tendas (onde se compram ovos kinder!-piada privada) mas os artistas de rua dão lugar às putas e aos vendedores de cerveza! Se os vendedores de cerveja são uma peste, que logo que te vêem não te largam – um deles uma vez perguntou-me se eu tinha namorado e se precisava de um, porquê? ias-te candidatar? – as putas não ficam atrás. Não é que elas não podem ver um homem a passar que chamam por ele? Assim, como quem chama o gatinho, psiu psiu, e atiram-lhe beijos? Mas que forma bonita e simpática de arranjar clientes! Ou se calhar é para ele perceber que elas estão ali, disponíveis, porque ele podia não perceber pela forma como elas se vestem ou se pintam (umas autênticas macacas, horríveis!). E falta falar do número de putas que podemos encontrar. Se eu disser muitas vocês continuam sem imaginar. E andam em bandos ou estão sempre juntas e, tenho para mim, que se devem pegar quando um homem escolhe esta e não aquela. E pior que ver estas mulheres todas, disponíveis, é ver três gajos, pela pinta turistas, cada um com a sua, a passear-se pelas Ramblas abaixo. E inteligentes são elas, a gamar o dinheiro aos visitantes. Blhec.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Ao jantar...

As protagonistas desta pequena historia sou Eu, a J. e a T., ambas alemãs.

J. : Eu uma vez fui a Portugal.
Eu: Ah sim? E então? Gostaste?
J. : Sim, mas os queijos e os iogurtes, os derivados de leite em geral, são muito caros!
Eu: Hummm, são como aqui (Espanha)!
J. : Sim, mais ou menos. Mas na Alemanha são muito mais baratos.
T. : Isso é porque temos lá muitas vacas!


E se Elas dizem...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Vodafone Espanha = Lixo

A Vodafone em Espanha é um lixo muito grande (eu queria tanto usar esta expressão num post em homenagem à Sofia!). Resume-se tudo em duas palavras: chulos e chatos! Estão preparados? Bem sentados? É que isto ainda é um bocadinho grande!

A história começa em inícios de Fevereiro do corrente ano, altura em que cheguei a Barcelona e que precisei de comprar um número espanhol para poder contactar as pessoas daqui sem termos (elas e eu, sim, eu preocupo-me com o saldo dos outros) de pagar balúrdios de dinheiro por uma chamada ou mensagem. Como eu sou uma mulher precavida, trouxe dois telemóveis de Portugal, um que seria para manter o meu numero português – visto os meus amigos terem mensagens grátis e poderem, sempre que quiserem, contactar-me (outra vez a preocupar-me com os outros!) – e outro para o número que iria adquirir. Como eram os dois telemóveis da Vodafone, dirigi-me a uma loja dessa marca e comprei o tão desejado cartão. 25 euros. What? Em Portugal são ao preço da chuva e aqui tenho de desembolsar 25 euros? Vá, mas era mesmo necessário e vi, assim, 25 euros a voar directamente da minha carteira para os cofres da Vodafone. Cheguei a casa muito satisfeita da minha compra, introduzi o cartão (no telemóvel) e apareceu cartão bloqueado. Experimentei no outro telemóvel, o mesmo. F***-se, estão a gozar, não? Voltei à loja. Depois de experimentar outros cartões no meu telemóvel, depois de testar no meu telemóvel outros cartões, o veredicto: o problema é do telemóvel, terá de comprar outro. Merda, só a mim! Não satisfeita, mandei mail à Vodafone a explicar o que se tinha passado e a dizer que não percebia o porquê de os telemóveis estarem bloqueados de país para país se a marca era a mesma! Resposta: por dois motivos, concorrência de preço e exclusividade de telefones e, se quisesse, poderia desbloquear o meu telemóvel pela módica quantia de 50 euros! Pois, pois, nem mais um tostão para eles. Enfiei-me numa daquelas lojas de indianos ou lá o que são que cheira tudo a clandestino e comprei o tão desejado telefone. E quero lá saber de onde veio, onde foi feito, se já foi utilizado, que exclusividade tem e a concorrência que pode fazer. Digamos que esta foi uma história muito suada!

Mas aqui só está a parte do chulos. E a parte dos chatos? – perguntam vocês e com razão. Pois bem, como toda e qualquer marca há sempre aqueles concursos de ganhar dinheiro, uma ida ao cinema, um jantar a dois, uma viagem, isto ou aquilo (muitos dos prémios eu desconfio que na realidade existam mas vá). Então um dia deste recebi uma mensagem naquele tal número muito suado a dizer que poderia ganhar 50.000 euros se enviasse uma mensagem para o 1111, sendo que a primeira era grátis. Vai daí, a primeira sendo grátis, enviei. Nunca mais tive sossego. Todos os dias recebo montes de mensagens a dizer “onde está você? Ainda não enviou uma mensagem para o 1111” ou “a culpa não é nossa se não ganhar 50.000 euros hoje, envie uma mensagem para o 1111”. Santa paciência, uma faquinha se faz favor para cortar os pulsos! Se eu só quis mandar uma mensagem, porque era grátis, para quê estar sempre a insistir? Haja pachorra. Isto já dura há uma semana e só não atiro com o telefone contra a parede ou para as linhas do metro porque não quero gastar mais 25 euros num cartão (ai quando penso nisto…) e mais um tanto num telemóvel clandestino. E ainda assim tenho saldo, quando tiver de carregar vai-me doer tanto dar dinheiro àqueles gatunos. Grrrr…

E é, basicamente, isto.

domingo, 8 de março de 2009

Uma em mil*

A probabilidade de encontrar uma pessoa conhecida em Barcelona é muito pouca. Mas hoje consegui encontrar o meu primo! E só lhe conseguia dizer tu tens noção que é impossivel eu ter-te encontrado, não tens?

(Já encontrei o meu primo e agora, mais uma forcinha e encontro o homem da minha vida! =D)

sexta-feira, 6 de março de 2009

Ontem...

...um miúdo disse-me que eu parecia prima do Cristiano Ronaldo!
What? Tudo bem, a única coisa que ele conhece de Portugal é mesmo o Cris mas daí a dizer que eu era parecida e que me assemelhava a uma prima dele vai uma grande distância! E porquê prima? (antes prima que irmã, certo! Não queria pensar sequer terem-me comparada às verdadeiras!) E porque não amiga, mãe, treinadora, massagista, dentista, cabeleireira, colega de ginásio ou vá, namorada?


E depois disto ainda me disse (isto em espanhol, claro) que Portugal nunca jogava, só o Liverpool! E aqui sim, fiquei mais descansada. Se não sabe a diferença entre uma selecção e uma equipa que joga na liga de Inglaterra, também não tem muita moral para comparar a minha pessoa à prima do Cristiano Ronaldo.

Eu gosto mesmo de ti, O. És mesmo um querido! E havemos de ter mais conversas destas!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Hambre (mas não tanta!)

Da próxima vez que uma pessoa me disser que eu estou a comer muito numa refeição (e aqui levantar-se-ão as vozes das minha amigas que dizem que eu nunca como nada, pois não, experimentem pôr à minha frente um arrozinho de frango ou um franguinho do churrasco ou, neste momento, qualquer comidinha da mamã e vamos ver se não como) eu só lhe vou dizer para experimentar desayunar com duas chicas alemãs e depois, só depois, vou perguntar se não quer repetir a frase (aquela de que eu estou a comer muito, lembram-se?). E acreditem, se a pessoa continuar a afirmar que eu sou uma lontra comilona, é pedir-lhe, com muito carinho, para definir a palavra muito!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Guapa =D

Hoje devo ter acordado muito bonita! Não é que um dos meus educandos (opah, não tenho outro nome para dar mas são educandos na medida que os educo no espanhol) me pediu o número de telémovel? E eu disse que não dava, que é isso? Quer privar comigo, não? Não, não, eu estou ali para ajudá-lo a aprender espanhol, para lhe explicar textos que ele nunca percebe e para traduzir quase tudo em inglês para ele perceber. Digamos que conversação interessante era o que eu nunca iria ter com este indivíuo! Depois disto, mal ponho um pé fora do trabalho, aparecem três pessoas do sexo masculino a dizer-me Hola e a olhar fixamente para mim, daquela maneira que me intimida muito - eu continuo a corar com estas coisas! E quando eu estava a pensar Mas o que é que se passa hoje? Está tudo louco? eis que surge outro individuo e me diz uma palavra qualquer (infelizmente não me lembro, devia ter apontado!) em jeito de piropo!

Ora vamos cá ver. Hoje acordei a correr, vesti a primeira roupa que me apareceu à frente e não tive tempo para esconder as olheiras fruto de num dia dormir até à uma da tarde e no outro ter de acordar às oito e meia. Não pus maquilhagem nem penteei o cabelo (o que, de resto, nunca faço!) e ia enchumaçada no meu cachecol grosso porque estava com imenso frio.

Eis a pergunta necessária: meninos, gajos, homens, hombres, guapos (o que quiserem) onde é que vocês andam nos dia que eu estou, realmente, bem?

segunda-feira, 2 de março de 2009

Meias palavras (atenção, post um bocado estupido!)

Há um leque de palavras que me causam uma espécie de náuseas sempre que as ouço ser proferidas ou (neste momento ganha mais força esta segunda hipótese uma vez que estou rodeada de espanhóis) quando as vejo escritas nesses antros de conhecimento chamados hi5s e blogues e coisas que tal. São as chamadas meias palavras (isto sou eu a dizer) e são elas…podem rufar os tamboresmor e miga. Se a primeira já deu pano para mangas, a segunda, cheira-me que é uma coisa recente. Então se há uma palavra bonita para o (a)mor porque não pode haver também para a (a)mizade?
Caros amigos (as) que tratam as vossas caras metades por mor, eu não tenho nada contra, sim? Só acho que, se querem ser melosos, sejam-no no aconchego do vosso lar! É que não há pachorra para ouvir conversas do tipo:

Namorada melosa - Mor, o que vais querer?
Namorado meloso - Não sei mor, escolhe tu!
Namorada melosa - Não, escolhe tu, mor!
Namorado meloso - Então quero uma cerveja. E posso fumar um cigarro, mor.
Namorada melosa (com cara de sonsa!) - Uma cerveja? Devias escolher um sumo e pedias duas palhinhas e partilhávamos - E vais fumar, mor? Eu não gosto que fumes, mor. Oh mor, eu já te disse para deixares de fumar.
Namorado meloso - Pronto, mor. Pede lá o sumo. E por ti, mor, vou deixar de fumar.

No que respeita à palavra miga, como já referi, quer-me parecer que é algo mais recente, que provavelmente surgiu naqueles grupos de pessoas (gajas!) que queriam muito usar a palavra mor mas como não têm quem lhes pegue foram inventar algo do tipo para chamar às amigas. Eu não sei muito bem o que escrever sobre isto porque é uma coisa que me ultrapassa. O que é que custa escrever, ou dizer, mais um A no raio da palavra?
Já pensei que poderia ser algum problema na fala tal como aquelas pessoas que não conseguem dizer o R quando são seguidos de certas letras. Maybe, estas pessoas não consigam dizer o A quando seguido de um M. E se assim for está-me a parecer que vamos começar a ouvir palavras como maciador, marelo, meaçar, mortecer, mêijoa, mígdala, e por aí fora.
Vamos lá, toca a marcar consultas com terapeutas e ver de quem é o defeito, se é da língua, se é da cabeça!

domingo, 1 de março de 2009

La Luna*

Ontem, depois da estafante tarefa de escalar (que de resto foi tema do post anterior) saímos do ginásio e estava cá fora, à nossa espera, uma lua fantástica. Em quarto crescente. Claro que as miúdas ficaram encantadas com tal espetáculo e vieram a correr dizer-me "Mira, la luna esta muy bonita!". E eu fiquei toda derretida perante aquela imagem. Já tinha visto a lua mas sempre a altas horas da noite, quando saio do trabalho e a essa hora já não é mais que um pontinho no céu. Ontem via-a gigante e só me apetecia fazer como sempre, pegar no telemóvel e mandar-vos uma mensagem a dizer "Já viste a lua hoje? Quarto crescente, a nossa lua!"

*