quarta-feira, 23 de junho de 2010

Carta XLIV

Acendo um cigarro, e continuo a ver o cursor a piscar, a página em branco. Quero escrever, deitar tudo cá para fora, deitar as lágrimas que tenho para chorar, mas escrever o que nos vai na alma, nem sempre é fácil deitar cá para fora.

Já a algum tempo que ando triste contigo, acho que é mesmo isso triste. No início estive furiosa, chateada e com vontade de te fazer em picadinho, mas agora é mesmo triste. Quando decides deixar de fala comigo, esqueces-te de me avisar e optas por um caminho mais fácil, o da frieza, e não sabes o que é senti-la, e enquanto não me apercebo sozinha da situação preparo surpresas para te surpreender quando chegasses do trabalho, como é possível eu ser tão estúpida. Cheguei a pensar que o mau humor com que estavas da última vez era por minha causa, revi o fim-de-semana todo na minha cabeça a pensar se teria sido alguma coisa que eu fiz ou que disse sem me ter apercebido, porque às vezes dá-me para falar de mais.




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Obrigada Lolita pela tua contribuição.
Continuem a enviar as vossas cartas :)

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