quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ontem foi dia do "podes bem dedicar-te a outras actividades enquanto estás desempregada."

Mas quem me mandou a mim, feita heroína, oferecer-me para arrumar duas toneladas de lenha, ah? Pois que aconteceu ontem, em pleno Portugal, com a minha pessoa. A minha avó que, coitada, mal se verga tinha estes quilos todos de lenha para arrumar e, vai daí, eu, gaja desocupada, ofereci-me para a ajudar. Mas estava calor. Muito. Para mim deviam estar uns 40 graus à sombra que eu suava por tudo quanto era poro. E eu também não tenho jeito para conduzir carros de mão. Ainda não tenho carta. Ainda por cima cheios, para piorar. [E sim, podem introduzir na vossa cabeça a imagem da minha pessoa a conduzir um carro de mão - qual trolha - de chapéu na cabeça, calção e t-shirt.] Mas diz que sim, que faz bem para queimar gorduras e eu que preciso de tirar uns bifinhos de carne aqui de lado, logo juntou-se o útil [para a minha avó] e o (des)agradável [veremos o que diz a balança].
E pronto. Qual o resultado disto quando me levantei hoje de manha? Nada de especial. Só estava toda empenada, com dores nas articulações, nas costas e nas pernas. E agora vou descansar mais um bocadinho que a minha perna esquerda dói-me bastante! É que já não lhe bastava ter sido ferrada por um cão no sábado, ontem ainda levou com um naco de lenha em cima. Vou, então, retirar-me para os meus aposentos. Com licença.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Carta XVI

ADEUS

Por vezes sinto-me completamente nua no meio da multidão. Despida, sinto olhos pesados em cima de mim, incomodativos. Observo as caras estranhas na multidão e sinto olhares de recriminação, de culpa, de reprovação. Sinto que os olhares são familiares, mas as caras estão envoltas em névoa, embora sejam persistentes. São as minhas culpas, os meus erros e os meus fracassos que me rodeiam, não as pessoas. No meio da multidão dou de caras contigo, arrancas-me a respiração, por um momento. Já não suspiro, tu não me deixas.
Acendo um cigarro e sento-me na calçada suja. Perco-me, encontro-me quando o cigarro se apaga sozinho, como um tronco que se consome até ao fim. As cinzas levantam-se com a aragem e poluem o ar, dão ao sol um tom salpicado a passado. O passado, esse cabrão, que me deixa sentada no chão sujo das ruas imundas onde me perdi contigo, onde te beijei debaixo da chuva, onde entrelacei as minhas mãos nas tuas.
As ruas imundas que outrora foram palco da nossa paixão, fazem-se sentir uma intrusa agora, agora que a paixão já não tem ar, depois de o roubares, para fazer combustão. Somos dois troncos queimados, dois abismos fitando o céu. Já não ardemos juntos.
Leva agora o sabor dos teus lábios, agora que o deste a outra pessoa, leva a subtileza dos teus dedos no meu peito, agora que ele já não o sente. Leva o teu perfume, agora que ele já não está em lado nenhum.
É a última vez que te escrevo, é a última vez que me arrancas o ar do peito. A boca sabe-me a fel e no peito sinto o fado da desgraça.
As músicas no meu mp3 já não me fazem sorrir, já não me lembram nada. A tua cara já não me acelera o peito, porque ele está magoado e nada sente. As paredes e muros que construíste à minha volta, onde fui prisioneira, já estão a ceder e em pouco transformar-se-ão em pó, derrubáveis com um simples sopro.
Foi na multidão que te vi com ela, com os dedos entrelaçados, os passos alinhados, mas com a mesma cara vazia e olhar distante. A multidão baça, enevoada, deu-me uma lição e o empurrão que eu precisava. Tu serás sempre assim, um copo cheio de nada, um livro em branco, um coração vazio, um peito cheio de nada.
Acabo mais um cigarro e sinto o ar a cortar-me a respiração. Dou um gole no copo de vinho tinto, que respira, e escrevo-te mais uma linha. Sei que as lês, atentamente.
As frases que me disseste, até à exaustão, aquelas que me faziam sonhar, e que depois me soaram a falsas, serão as mesmas que dizes agora, tenho a certeza. Sei-te de cor. Não me incomoda, incomoda-me é a frieza com que elas te saltam da boca. Não sabes o que é senti-las, e por isso, só posso ter pena de ti. “Será sempre mais feliz aquele que mais amou”.
Leva as palavras, os cheiros, os beijos. Fica com tudo, não quero mais nada teu. Leva a Praia Grande, a Ericeira, as músicas, as paredes, os muros, as mentiras e as histórias lacrimosas do passado. Fica com as mentiras também, e com as traições. Fica com as frases feitas e com os lugares comuns onde tentas erguer uma vida que falha sempre. Leva tudo contigo…porque o meu coração agora fica aqui, nas minhas próprias mãos. A minha vida é minha, o meu sorriso não é teu, o meu corpo não te quer, os meus ouvidos não suportam as tuas frases. Os seis anos em breve serão seis dias, e as lembranças vão desvanecer-se, tal como tu desvaneces-te em mim.
Foste a maior desilusão que podia ter, a maior mágoa, mas longe, oh meu Deus tão longe, de teres sido o maior Amor. Só é amor quando é sentido dos dois lados. E como já te disse antes: “Perdoo-te a frieza, nunca te vou perdoar o chão frio”, e nunca mais caminharei sobre o gelo fino…Adeus!

Por Pipoca
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Obrigada, mais uma vez, à Pipoca.
Continuo a espera das vossas cartas (não) sentidas. Aqui.

domingo, 27 de setembro de 2009

Dia sim, dia não.

Acho que gosto dele assim.
E porque os dias não têm sido mais que os sim e porque, cada vez mais, tenho a certeza que Ele (e eu), um dia, vai transformar tudo num redondo, enorme e definitivo NÃO. E Ele vai seguir a vida dele e eu a minha e vamos voltar a ser (ou então não) os amigos que eramos antes. Antes dos beijos, dos abraços, dos perfume e dos relógios, dos corações, das histórias, dos cafés, das mensagens de boa noite, das palavras e das músicas.
[E nada acaba. Tudo, apenas, se transforma.]

sábado, 26 de setembro de 2009

Anatomia de Grey.

Já vi cerca de meia hora e ainda não parei de verter lágrimas. Afinal não sou uma insensível que não chora com estas coisas. Fogo, até sou bem capaz de deprimir!



[A parte do funeral - ahhhh, não vou dizer quem morreu! - é a mais divertida até agora! Pasmem-se!:)]

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Qual dos Chucks vocês gostam mais?

É sabido que adoro homens de fato. E que adoro ver Chuck. E que adoro Gossip Girl. E que adoro meninos fofis fofis como estes dois. Adoro Chucks. Mas se me aparecessem estes dois seres à minha frente eu não conseguiria escolher um. Alguém me ajuda nesta (in)decisão de qual deles é o homem da minha vida? Gracias!


Ed Westwick/Zachary Levi

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Do cheiro.




One million e tabaco, tudo misturado, cheira a ti e é (muito) bom.


=)





segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Carta XV

Ainda (não) te sinto em mim…

Conheci-te no meio de Albufeira, entre amigos, piscina, praia, noitadas e risadas, até sermos convidados a dormir…que já se fazia tarde…
Foram tempos divertidos, em que tu uma criança crescida e, eu, ainda, um jovem a crescer devagar …
Desde logo despertaste curiosidade sobre mim… e tu… tu menina crescida, perto da entrada da juventude, apaixonaste-te por mim…
A diferença de idades não permitiu mais do que o desejo, o interesse e tudo mais que senti por ti… e tu tentavas, em vão me seduzir, me encantar, me fazer apaixonar por ti…
Eu bem que tentei, mas não consegui… entre cartas, sim porque ainda existiam cartas de correio em vez de cartas de correio electrónico, saídas a dois até um cinema pouco interessante, porque ainda não existiam estas salas de cinema recentes, e convites para te ver actuar numa sala a “melodiares” por entre dedos o som que saía do piano … não te consegui aceitar menina crescida…
Senti-te sempre como a irmã mais nova…aquela que eu não tive… mas, sempre… sempre senti um carinho especial por ti… não só amizade, mas não suficiente para me deixar levar por ti…
Sim era tudo uma questão de me deixar levar por ti…
Anos mais tarde vi-te… e, como sempre abracei-te, naquele abraço forte e apertado, beijando-te a face, ainda de menina crescida, mas já jovem a caminho de mulher…
Mesmo com a tua cara metade por perto, não te coibiste de aceitar o meu abraço e responderes da mesma forma…
Cresci, amadureci…já não me sinto o jovem que era…já olho para ti e vejo a mulher que és…cresceste e talvez pelos anos passados, desde a nossa ausência na vida um do outro, já não nos abraçamos da mesma forma, talvez pelo respeito que passamos a sentir pela vida um do outro…mas, no fundo sentimos vontade de isso…
Acho que nunca vamos esquecer aqueles tempos, em que te mimava como sendo a minha irmã mais nova…e, tu, na tua juventude, vias em mim o rapaz dos teus sonhos…
Hoje temos vidas separadas, quase por completo, aqui e ali encontramo-nos e, delicadamente, nos cumprimentamos… sabendo que a nossa amizade, no fundo é especial, diferente de todas as amizades que já tivemos…algo que não ficou resolvido e vai ficar por resolver…porque no fundo, sinto aquele carinho por ti de irmã mais nova…
Estive contigo esta semana…e, continuas com aquela cara de menina crescida, por entre um sorriso inocente, que só as crianças têm…
No fundo… ainda (não) te sinto em mim...
Por Pedro
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Obrigada Pedro.
Continuem a (não) sentir e mandem as vossas cartas.

domingo, 20 de setembro de 2009

sábado, 19 de setembro de 2009

Este ano é que vai ser!*

...e já repetiamos, não?
Encontrei isto no meu caderno de matemática da 4ª classe [e mais uns desenhos e uma cartas todas catitas].
Digamos que a professora devia dar pouco que fazer nas aulas!
Mas digam lá se eu não tive SEMPRE bom gosto, ah?

/* E benfiquista que é benfiquista diz esta frase pelo menos uma vez no início da época.


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Eu [às vezes] sou um bocado esquisita.

Caras pessoas que um dia me mandaram ou mandarão mensagens/mails/telegramas/cartas: nunca, mas nunca, na vossa santa vidinha comecem a dita mensagem/mail/telegrama/carta com "olá linda!" [ou a versão 'ok linda']. Odeio, minha gente. Abomino até. Gosto tanto como gosto de mor e miga que, de resto, já foi falado neste poste. E nem é por eu não ser linda e maravilhosa, que sou com toda a certeza mas, para que saibam, tenho espelhinhos em casa e não preciso que me estejam sempre a lembrar! E o pior é que eu sei, e não venham negar, que vocês são bem capazes de mandar uma mensagem para a minha pessoa a começar assim e, no segundo a seguir, mandarem a mesma mensagem para uma pessoa que não chega aos calcanhares da minha beleza. Credo! Nem quero pensar nisso! Acho redículo (ler com pronúncia à tia) meter a beleza das pessoas todas na mesma panela! Se eu soubesse que era uma coisa sentida, ainda aceitava - com alguma relutância mas aceitava - agora assim? Parece um elogio feito em série, como nas fábricas de montagem de peças! Vá, toca a ser um bocadinho mais criativos, vale?
E isto já para não falar da versão masculina da coisa. God!
Um "olá lindo" faz-me arrepios.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Carta XIV

Hoje abro mão de ti...Porque te arrancaram de uma forma brutal de mim, há coisas que não tive tempo de te dizer. Não nos deram tempo para um último beijo, para dizer-mos Adeus. E durante estes anos, foi-me difícil admitir que não te tinha, que te perdi.Vezes sem conta, nos dias em que sentia mais a tua falta, dei por mim a imaginar conversas contigo. Não, conversas não, a última conversa caso tivesse a oportunidade de te ver mais uma vez, onde te agradecia o facto de teres entrado na minha vida, de me teres mostrado o que era afinal o Amor e onde te dizia a palavra que nunca te cheguei a dizer: Amo-te

Roubaram-te de mim e levaram-me as crenças, as certezas e o sorriso. Desde que partiste que não acredito em Deus, não acredito no Destino, não acredito em Justiça e não acredito em Contos de Fadas. Roubaram-te de mim, mas não me me podem apagar a memória.
A forma violenta como deixaste a minha vida fez com que não conseguisse abrir mão de ti, de nós. Tentei manter-te para sempre em mim, mas o tempo, esse maldito, foi fazendo com que me fosse esquecendo dos pormenores mais pequenos. Não posso manter-te para sempre, eu sei.
Há momentos que passámos que estão gravados em imagem na minha cabeça, como telas pintadas. Se fechasse para sempre os olhos já amanhã, as imagens que levaria comigo seriam as dos momentos que passámos juntos. Todas as telas, todos os beijos, todo o romance.
Vou recordar-me sempre...
Da forma como nos conhecemos, digna da primeira parte de uma comédia romântica. Eu estava numa cidade estranha, pela qual me apaixonei assim que cheguei. Fui com uma amiga a um bar, onde me convenceram a ir para trás do balcão servir bebidas. Achei graça e aceitei passar lá a noite a trabalhar. Chegaste com os teus amigos e ficaste sentado na esplanada. Ficaste com um ar surpreso de me ver lá, afinal eras cliente habitual. Fitavas-me com os teus olhos grandes de um castanho mel profundo. Depois de uma quantas rodadas, toquei-te levemente na mão ao devolver-te o troco. E desatei a rir ao ouvir-te dizer "Ela tocou-me!"
Pouco depois perguntaste-me baixinho: "Vamos fugir?". Disse-te que sim. Ajudaste-me a subir para a tua moto e andámos pelo meio do nada...vagueámos pelas ruas enquanto me agarrava a ti, cada vez com mais firmeza. Quando a moto parou e te viraste para trás para me perguntares se queria voltar para o bar, roubei-te um beijo. Nunca mais nos largámos.
Não me esqueço do desenho dos meus pés quentes no capot frio do teu carro, em noites de Verão junto ao rio. Sentava-me descalça em cima do teu carro enquanto tu atiravas pedrinhas ao rio, e nas palavras que me ias dizendo, atiravas-nos a nós para um futuro longínquo. Chamava-te tonto, dizia-te que não gosto de fazer planos, mas tu, obrigavas-me a acreditar que o futuro da palavras que te saíam pela boca faziam todo o sentido. Ias olhando para mim, na esperança de que desatasse a concordar contigo, a sonhar, e a conseguir dizer as mesmas palavras que tu. Eras rebelde, achavas que não precisávamos do resto do mundo, porque tínhamos tudo...
A forma que arranjaste para me pedires para ser tua, para namorar contigo. Levaste-me a uma praia onde nunca tinha ido, a praia da Amorosa. Escreveste amor na areia, ofereceste-me uma rosa. Não dei logo pelo trocadilho, pelo jogo de palavras. Abraçaste-me com força e ficámos a ver as ondas a rebentar na areia, enquanto enrolavas os dedos no meu cabelo. O sol já descia e fazia o mar espelhar as nossas silhuetas, os nossos silêncios, os nossos beijos.
Vou levar comigo o sabor dos teus beijos, do nosso beijo que tu garantias pode "distinguir entre um milhão" o toque quente das tuas mãos, tua respiração na minha nuca, o brilho dos teus olhos e o teu sorriso perfeito, os teus braços à volta da minha cintura e o teu abraço apertado, tão apertado... e a música, aquela nossa música...que meto a tocar cada vez que preciso de abafar o choro das saudades que tenho de ti. Nunca mais voltei aquela cidade, nunca mais fui aos sítios onde estive contigo. Falta-me a coragem. Mas um dia vou...
Na última vez que te vi senti uma coisa estranha, ainda hoje não sei explicar qual foi a sensação. Nenhum dos dois queria em embora, dizer adeus. Insistias em perguntar-me o que se passava, se estava triste e eu não te conseguia explicar. Não te queria largar, não queria que fosses para longe de mim. E quando foste senti um tremor no peito... Não te voltei a ver e pouco depois soube que te tinha perdido. Fiquei estática, não reagi, não disse nem fiz nada. Só quando percebi que não ias aparecer ao encontro no dia seguinte, sim porque eu fui para lá à tua espera, é que soube que nunca mais te ia ver. Culpei-te a ti, culpei Deus, culpei-me a mim de não te ter feito demorares-te mais tempo...
"Tens que passar à frente, seguir em frente. Tens que abrir mão desse amor para poderes ser feliz", dizem-me os amigos. Não é fácil, mas sei que têm razão. Mas como te posso esquecer se não tenho uma única má memória para recordar? Como?Um destes dias estava a ver as nossas fotos. Há uma em Ponte de Lima, lembras-te? Aquela que tirámos perto de um pequeno altar escondido debaixo da ponte? Tínhamos um ar tão feliz que a pus numa moldura. Mas veio logo uma amiga, que sei que só quer o meu bem, reclamar que não tenho o direito de te fazer isso. "Ele não pediu para estar na tua parede, isso só te faz mal. Ele não ia querer isso. Tens que o deixar ir, tens que o deixar descansar em paz". As palavras dela magoaram-me, a quente chorei o facto de ela não conseguir perceber a magia daquela foto. Mas agora, sei que ela tem toda a razão. Não te posso manter à força na minha vida e tenho mesmo que seguir em frente. Por isso é tempo de abrir mão de ti, de te deixar ir. Faço-o agora mas prometo-te que nunca te vou esquecer, isso sei que é uma coisa que não ias querer. A nossa história não merece cair no esquecimento. E há amores eternos, mesmo que voltemos a sentir amor por outra pessoa...
Por Pipoca
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Obrigada à Pipoca pelas cartas que enviou.
É esperar pelas próximas publicações ou podem ir lendo no seu fantástico blog.
Entretanto, inspirem-se, escrevam e enviem. Mais aqui.

domingo, 13 de setembro de 2009

Adeus.

Tocaste à campainha e fui abrir quase aos saltinhos (pelo menos o coração saltava) mas antes passei no espelho para verificar se o corrector de olheiras tinha feito o seu trabalho. Não queria que visses, pensasses sequer, que estive a chorar nestas últimas noites e alguns minutos durante os últimos dias. Tu não me podias ver/imaginar a chorar. Não eu que era forte e não chorava por ninguém. Não eu que era a menina perfeita que me recusava sofrer por amor. Abri a porta e ali estavas tu, qual deus, fantástico como sempre, nas tuas calças de ganga coçadas pelo tempo e com a tua t-shirt preta que te tinha sido oferecida por alguém que fazias sempre questão de dizer. E sorriste-me. Atiraste-me aquele sorriso de soslaio, aquele que eu adoro, e derreti toda por dentro. (Tu não sabes o verdadeiro poder que tens em mim.) Deste um passo em frente e beijaste-me na bochecha. Porque não nos lábios? - apetecia-me ter-te perguntado, mas não queria parecer desesperada. Sentaste-te no sofá que, um dia, me tinhas ajudado a escolher – “Este, porque é bonito. Condiz contigo” – e eu acreditei em ti e trouxe-o. (Porque não estavas a dizer agora que eu era bonita?). Sentaste-te e olhaste para mim e aí soube que estava tudo mal. Não aceitava um “temos de falar”. Não eu, sempre tão contra às frases feitas e ditas por toda a gente. E então encostaste os teus lábios ao meu ouvido e eu estremeci. (Estremecia sempre que me fazias isso e tu sabias). E começaste a cantar completamente colado a mim. E eu já tinha tantas saudades disso e deixei-me levar, levitar, quase chorar por te ouvir tão perto de mim, por respirar o teu perfume, por te ter outra vez comigo, ali, tão perto, tão palpável, tão real. Mas tu estavas a despedir-te de mim. Estavas a dizer adeus da mesma maneira que tinhas dito centenas de vezes amo-te: a cantar. A música tinha, efectivamente, a palavra ADEUS. E o meu coração deve ter parado ali, enquanto tu terminavas a música e te despedias com um beijo nos lábios (aquele que eu queria) e saías porta fora sem dizeres uma única palavra. E eu nunca mais te vi, senti, ouvi. Nunca mais cantei e nunca mais te encostaste a mim. Nunca mais me abraçaste nem beijaste. Mas ainda me lembro da tua voz a entrar na minha cabeça e a descer até ao meu coração que parecia uma bomba pronta a explodir. Vou-me sempre lembrar da tua voz no meu coração.

sábado, 12 de setembro de 2009

Devia haver cursos para certas coisas que eu cá sei.

E soubesse eu artifícios
de falar sem o dizer
não ia ser tão difícil
revelar-te o meu querer...
A timidez ata-me a pedras
e afunda-me no rio
quanto mais o amor medra
mais se afoga o desvario...
E retrai-se o atrevimento
a pequenas bolhas de ar...
E o querer deste meu corpo
vai sempre parar ao mar...
Eu não sei falar de amor. Deolinda.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Verão é... [the last one]


...tempo de excessos.
7dias. 7 fotos do meu Verão.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Verão é...

...tempo de fazer declarações de amor.
7 dias. 7 fotos do meu Verão.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Verão é...

...conhecer sitios onde somos (muito) felizes.
7 dias. 7 fotos do meu Verão.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Carta XIII

R.,

(Havia muita coisa que queria dizer-te antes disto, mas vou usar a cobardia que sempre foi tua, se me permites, e vou despedir-me assim, com um simples post-it que vou colar na parte exterior do meu, e do teu, coração.)
Não queria deixar de te sentir. Juro. A tua vida sempre foi um exemplo para mim; sempre me mostraste, com as tuas atitudes pouco dignas e pouco humanas, o que nunca devo fazer. Sempre soubeste tornar-me, com os teus erros, uma pessoa maior, mais tolerante e mais compreensiva. Queria agradecer-te, também, por todo o mal que me fizeste; tornei-me uma pessoa mais atenta ao que me rodeia e intensifiquei tudo aquilo em que acreditava. Obrigada ainda por, durante muitos dias, me teres destruído; aprendi a ser forte e a erguer-me, desde o chão, com as minhas mãos, depois com os joelhos e com o corpo todo, num impulso da alma, sempre sozinha. (obrigada por me provocares impulsos alma.) Não terá havido muita gente na minha vida que me fez crescer tanto como tu, que me mudou, que me tornou a mulher intocável que sou hoje. Bem sei que pode parecer ingrato da minha parte, e desculpa por isso, mas foi hoje o dia em que deixei de te sentir em mim, mas prometo-te, de prometer, que nunca esquecerei o que me ensinaste. Que nunca esquecerei o que me ensinaste.
Por Frida.
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Obrigada à Frida.
E continuem a mandar cartas (não) sentidas. Ver mais aqui.

Verão é...

...amigos e praia e mais amigos.
7 dias. 7 fotos do meu Verão.

sábado, 5 de setembro de 2009

Verão é...

... (muitos) óculos de sol.
7 dias. 7 fotos do meu Verão

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Verão é...

...andar de mãos dadas.
7 dias, 7 fotos do meu Verão.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Verão é...


...havaianas.
7 dias, 7 fotos do meu Verão.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Da depilação em geral e do pêlo no sovaco em particular.

aqui mostrei o terror que sinto quando vou à depilação mas, cá para mim, é quase um mal necessário.
Eu sei que há mulheres que não fazem depilação na virilhas. Cada uma sabe de si e até é um sitinho escondido (ou pelo menos deve ser um bocadinho mais reservado!) mas agora não fazer depilação no sovaco e andar de t-shirt sem mangas? Pois que eu vi uma personagem destas, sim senhora, e ainda bem que estava acompanhada, assim tenho umas tantas pessoas para corroborar a historia e não pensarem que eu ando louca! Aqui vai: estávamos nós na fantástica piscina do nosso fantástico hotel (!) quando decidimos fazer o workshop de danças africanas que estava por lá a ser publicitado! Quando não é o meu espanto deparo-me com uma miúda (siiim, tinha para ai os seus 20 e poucos anos) com uma trunfa de pêlos debaixo do braço de bradar aos céus! Ela nunca fez depilação na sua santa vidinha, aposto! E podem vir para aqui dizer que a miúda é naturalista e isto e aquilo mas, por amor da Santa, ao menos que vista uma camisolinha com mangas ou tem assim tanto orgulho naquele monte de pêlos? Na minha opinião é inestético, já para não falar do cheiro que aquilo deitava (esta parte não senti - graças a Deus - mas foi relatada pelas pessoas que se encontravam mais próximas dela). E pronto, foi basicamente isto e mais o facto de a miúda se estar a atirar a mim. Que é que se há-de fazer quando se é assim tão gira como eu?
Pronto amiguinhas, podem dizer que sou uma convencida!=)