domingo, 31 de maio de 2009

On a beach in Hawai*

Depois de dois dias de praia - na praia mais movimentada de todos os tempos, nem a Povoa é assim em pleno Agosto =) – já cheguei a algumas conclusões. Aqui vão:

A média de idade da população de Barcelona é de…25 anos. É que quase não há gente entradota na idade. Só jovens e, uma grande maioria, estrangeiros.

As mulheres em Barcelona fazem muito topless. Não importa se são gordas, se são magras, se têm as mamas minúsculas ou gigantes ou puseram silicone. Se querem ver mamas, minha gente, emigrem para aqui. Asseguro-vos que não vos faltará nada para arregalar as vistinhas.

As frases que mais ouves são:
“Quieres coco? Coco quieres?”
“Cerveza-bier-cola-fanta”
“Creveza-bier-fanta-cola-água”
“Massage? 5 euro. Massage?”
“Quieres coca, heroína?” (esta dita em surdina, claro!)
“Tatoo, tatoo. Quieres tatoo?”
“Pantalones. Quieres pantalones?”
“Pareo. Quieres pareo?”
“Empadas. Quieres empadas?”
Agora imaginem umas 30 pessoas por cada frase. E é isto o dia todo.

Ir para a praia com alemães é quase a mesma coisa que ir para a praia com portugueses em relação à comida (só menos o arroz de frango ou o frango do churrasco).

A quantidade de brasileiros que ouvimos é enorme. Nunca me tinha apercebido de tal coisa. Devem viver todos perto da praia! Ah, e tratam muito mal o português! Dizem as palavras sem o S no fim e tratam-se por “Brother”. =)

O público masculino está mais bem servido que o feminino. É só gajas boas a fazer topless e ainda não vi nenhum gajo a fazer nudismo! Vá, até se encontram uns rapazinhos jeitosos mas acho que há mais meninas desta categoria!

As 10 da noite ainda há gente na praia. Uns cantam, outros tocam, outros lutam, outros fazem aniversários e outros vão embora.

O sol é muito forte. E queima. Muito.

*Não é no Hawai mas bem que poderia ser. =)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Dúvida.

Vocês acendem um fosforo de trás para a frente ou da frente para trás? É que eu acendo de trás para a frente mas nos filmes e séries e afins eles acendem sempre ao contrário mas quando tento fazer isso, o fósforo parte sempre. Pode ser falta de jeito, é certo, mas, mesmo assim, gostaria de ouvir o que me têm a dizer. Agradeço.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Carta I

Já não te sinto em mim. Nunca tive coragem de to dizer, mas é esta a mais pura das verdades.
Deixei de te sentir a falta. Mudei. A vida mudou-me. O caminho não é mais o mesmo em que estás.
Quando achei que era altura virei à direita e a sombra da tua pessoa desapareceu, simplesmente...

Mas o nosso Amor foi tudo aquilo que um dia eu gostava de ter para sempre. Existia porque sim. Sem qualquer outro motivo.
Era o mais cúmplice. Foi partilha perfeita de sonhos e de realizações. Que a vida nunca deixou acontecer. Porque não tinha de ser.

É triste, dizer-te hoje e agora que já não te sinto em mim. Porque não gosto de despedidas. Nunca gostei.
É como deitar coisas fora. não gosto muito, mas por vezes tenho de me sentar em redor dos meus objectos e selecionar.
O que estiver a mais, lixo. Porque só assim conseguimos ganhar espaço para algo novo. Para um recomeço...

Gostei tanto de ti. De nós dois. Do que éramos juntos. Nunca imaginei que pudesse existir uma separação física definitiva.
Apenas e só porque éramos o complemento um do outro. Tu sempre calmo e eu sempre a correr e a stressar.
Quando ficavas acordado a ver-me dormir. E me contavas no dia seguinte. Que o meu sono te tranquilizava. Vias-me feliz. Ali.
Ao teu lado.
E hoje digo-te o mesmo. Também ficava tantas vezes a ver-te dormir. Depois aninhava-me em ti. Abraçavas-me e juntos
dormíamos. Tranquilos. E no dia seguinte, ao acordar, sorriamos, por termos ali ao lado o Amor das nossas vidas.

Hoje só sei que não sei se conseguirei voltar a amar alguém, como te amei a ti. Foi o sentimento mais puro que tive por um homem.
Talvez o único, com tamanha pureza e grandeza.

Espero um dia voltar a sentir de novo um Amor como o nosso. Ou melhor. Mais arrebatador ainda.
Que dure e dure, para nunca ter de voltar a repetir estas palavras:

Já não te sinto em mim! Porque eu te quero sentir. Sempre!

_____
Obrigada à Segredo Cor de Rosa pela participação.
Conto com vocês para as proximas cartas. Vejam aqui.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Los Campeones.

Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona. Visca el Barcelona.
Guardiola. Thierry Henry. Piqué. Xavi. Gudjohnsen. Valdés.
(os melhores :P)

terça-feira, 26 de maio de 2009

Quem escreve uma carta?

Todos nós já tivemos um instante da nossa vida “já não te sinto em mim”. Aqueles momentos em que sabemos que aquela pessoa ou aquela coisa já não faz parte de nós. E nem estou a falar de namorados/as, também os há. Estou a falar da melhor amiga que vos deixou de falar de um dia para o outro, do gato/peixe/cão que morreu quando estavam de férias sem sequer se despedir, daquele CD que perderam e que adoravam, do inverno que já lá vai, da vossa caneca preferida onde tomavam o pequeno-almoço todos os dias e que a mãezinha fez o favor de partir, daquele rapaz/rapariga com quem nunca tiveram coragem de falar e que vos acelerava o coração, dos sapatos preferidosque tiveram de deitar ao lixo porque estavam velhos ou deixaram de servir and so on, and so on. O que eu quero, é que pensem na vossa vidinha e escrevam uma carta “Já não te sinto em mim”. Uma espécie de despedida, a despedida que nunca fizeram mas que merecem. A última carta, as vossas últimas palavras para ele/ela.
Vá, mandem para o mail (que encontram na coluna da direita) e eu publico. Fico à vossa espera!!
A carta também pode ser o contrario, ou seja, em vez do Já não te sinto em mim pode ser Sinto-te em mim.
E aqui é igual, pode ser o gato, a nova caneca, aquele vstido que viram na Berska, o vosso novo vizinho da frente. Escrevam alguma coisa e mandem!
Isto é vosso, ok? Sintam-se à vontade.=)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Pergunta.

Sou só eu ou quando vocês ouvem alguma música que bate bem cá dentro apetece-vos pegar na guitarra (e eu nem sequer sei tocar), juntar uns amigos, fazer uma roda com uma fogueira no meio e ficar a noite toda a cantar aquela música até vos doer os pulmões? Por favor, digam-me que pensam nisto ou vou já buscar uma faquinha para cortar os pulsos porque estou a ficar louquinha.


E quando imagino, estamos na praia, sou eu que toco, canto,
todas as pessoas sabem as letras e entram batuques e coisas assim.
God! Eu sou deprimente.

domingo, 24 de maio de 2009

A minha afta é uma grande puta.*

Tenho uma afta do tamanho de não uma, não duas mas de três (ou quatro, não tenho aqui nada para me certificar) cabeças de alfinete. Enorme, portanto, como estão a imaginar. E não me deixa comer (morangos, laranjas e mesmo comidinha normal, nada ácida) porque dói a mastigar. Não me deixa beber porque o liquido se entranha lá e dói. Quase não me deixa falar porque dói quando digo algumas letras e até com a saliva aquilo arde. E eu sei que, supostamente, tudo que arde cura ('bora atear fogo a um hospital??) mas neste caso, acho que isso está muito longe de acontecer. E não, não estou a ficar lamechas por me queixar mas isto dói com'o caraças. Alguém me ajuda? Um remédio santo, um chá, uma infusão, um produto natural, uma receita da tetravó? Alguém?
*Desculpem o palavreado mas não havia mais nenhum nome que eu quisesse chamar senão este.
Puta.

sábado, 23 de maio de 2009

A minha vida dava um filme indiano - A adolescência

A minha adolescência, tal como a minha infância, foi normalzinha. Aliás, eu nunca fui de dar muitos problemas aos meus pais ou a quem quer que fosse. Ora bem, os sinais visíveis/físicos da minha adolescência apareceram muito tarde. As minhas mamas cresceram mais tarde do que as das minhas amigas e em menos quantidade. Mantêm-se até hoje! Não me lembro de ter aquelas paixões arrebatadoras da adolescência, em que se jurava que morríamos se nos separassem. Eu sempre achei que era muito nova para me apaixonar/prender a alguém. Só me lembro de me envergonhar quando diziam “aquele tal gosta de ti”. Aconteceu com o A. que me ofereceu um ramo gigante de rosas no meu aniversário e eu ignorei-o durante una bons dois anos. Ele a cair de amor por mim e eu a ignora-lo. Nunca percebi esta minha panca porque ele até era um rapaz inteligente e muito boa pessoa, coisa que só descobri quase, quase no fim do secundário, mas adiante. Cometi algumas loucuras, sim, porque era rodeada de gente meia louca. Nunca me arrependi. Foi nesta altura que comecei a “sair da casca” como diziam os meus amigos (porque até ai eu quase nem falava) e que descobri que toda a gente gostava de mim, que toda a gente me protegia. Eu era uma espécie de filha de todos, tinha uma cara de menina frágil e todos tinham um instinto de protecção gigante em relação a mim. E foi assim que o “inha” começou a estar sempre, sempre pegado ao meu nome. Até hoje.
Na adolescência, como toda a gente, andei aos beijos, óbvio, mas por mero acaso e eu nem gostava dele. Divertimo-nos um bocadinho, pronto e aconteceu mais porque alguém quis não porque nós quisemos (mais ele que eu! chegou a uma altura que o individuo estava bem entusiasmado e eu não). Até a terminar esta especie de aventura fui parva, alias, nem terminei nada, deixei, simplesmente, de lhe falar -mazinha que eu era. Também foi assim que descobri que era muito boa a guardar segredos, principalmente dos outros!
Fumei o meu primeiro cigarro e fiz a minha primeira directa mas, como era esperado, não apanhei a minha primeira bebedeira (muito atrasada eu, nestas coisas!). Era o tempo em que eu apanhava mocas de coca-cola ao domingo a tarde na casa de um coleguinha qualquer. Foi nesta altura que senti, pela primeira vez, que tinha amigos para a vida e já que não fazia juras de amor eterno a gajos, fazia-o aos meus amigos. Porque passávamos férias numa espécie de big brother, onde morávamos todos na mesma barraca/casa e dormíamos todos no mesmo quarto e passávamos horas a falar de tudo e de nada. Onde as noites e os dias eram praticamente a mesma coisa, onde fazíamos directas como se o mundo fosse acabar na semana a seguir e onde reinavam os sorrisos e olhares cúmplices e as histórias que nunca se tinham contado. Foi a melhor adolescência que eu podia ter tido. Não foi de grandes paixões mas foi de enormes amizades.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Devia ter pedido autógrafos?

Hoje foi dia de ir até ao parque e dar uns toques na bola com os meus miúdos. E adivinhem quem vi lá? Ok, vocês não adivinham por isso eu dou-vos já a resposta: os PowerRangers. Não eram bem eles mas eu passo a explicar. Estavam lá dois moçoilos muito engraçados na relvinha a treinar judo ou karaté ou taekwondo ou whatever. E dei por mim, feita parvinha - de certeza com a boca a aberta e já quase a babar - a olhar para os ditos moços e a pensar “onde é que eu já vi isto?” Hummm...Jogos Olimpicos? Na RTP2 quando repetiam torneios de tudo e elaguma coisa? Em algum filme?? E depois, eis que se fez luz – os PowerRangers claro, esses ícones da minha infância que eu via religiosamente ao sábado de manhã. Mas o melhor foi perceber que eles não faziam aquelas acrobacias todas que os meus heróis faziam, eles faziam as acobracias que os meus heróis faziam na parte mais importante do episódio, ou seja, na parte em que o monstro – normalmente de um tamanho grotesco – explodia atrás deles e eles se viravam para a câmara naquelas poses de combate como quem diz “somos os melhores, pah! E que venham mais como este para o rebentarmos todo!” E foi lindo de se ver. Foi o voltar à infância, assim, em minutos. E acho que vou voltar lá, não para ver os indivíduos mas só para ter o privilégio de ver um episódio dos PowerRangers sem ter de utilizar o YouTube ou o Canal História.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Homens de fato.

Para quem não sabe, eu tenho uma queda muito grande por homens de fato. Adoro, adoro. Acho que qualquer homem fica bem de gravata. E então se for um fato todo preto e com camisa branca (tipo MIB) upa upa. Por isso já estão a imaginar que a faculdade foi um delírio.
Mas agora que aqui estou há outra espécie de homens de fato que me põe, vá, um bocadinho fora de mim. São os homens de fato com um capacete na mão. É que, caso nunca tenham vindo a Barça City, o que mais há aqui é motas, melhor, vespas e eu também tenho uma queda muito grande por vespas – desde miúda que andava a chatear toda a gente que queria uma mas nunca ninguém teve a decência de ma oferecer, nem o meu padrinho que tinha uma liiinda que tinha restaurado e tal mas entretanto espatifou-se com ela. Ora bem, por isto tudo, ver um homem de fato com um capacete na mão não é só e apenas ver um homem de fato com um capacete na mão. É imaginar um homem de fato numa vespa linda de morrer, os cabelos ao vento, o levantar o braço esquerdo para virar à esquerda quando o pisca não funciona… É imaginar ele pedir-me para subir na vespa para passearmos pela cidade, é eu abraça-lo o caminho todo para não cair… É imaginar o nosso casamento com uma concentração de vespas e eu sentar-me de lado (tal e qual faziam as meninas do antigamente quando subiam aos cavalos e levavam aqueles vestidos enoormes) enquanto ele conduzia rumo à nossa felicidade. Ai…ai… (é neste momento que o despertador toca).
Agora sim, tenho a certeza que o homem da minha vida não vai chegar no cavalo branco e vestido de príncipe/guerreiro ou coisa que o valha. Vai chegar de vespa, vestido de fato (se for durante a semana) ou de surfista (ao fim-de-semana) e vai-me fazer feliz para todo o sempre…



NOTA: Isto é mesmo um sonho e eu passo a explicar. Caso o encontre aqui em Barcelona, não pode ser surfista porque aqui o mar não faz ondas. Caso o encontre em Portugal, só com muita sorte é que ele tem uma vespa linda de morrer e anda de fato ao mesmo tempo. Porque homens de fato andam em carros que metem algum respeito. Sendo assim, pode-se concretizar apenas e só uma parte do sonho, nunca a sua totalidade. Ah, e o felizes para todo o sempre também é um bocadinho duvidoso. Vamos ver, minha gente, vamos ver.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Dias difíceis.

Eu acho que sim. Acho que devia pegar no jornal todos os dias e ir a lê-lo para o trabalho. No caminho não me desvio das pessoas, elas que se desviem. E todos os dias me devia espetar contra o big vaso com flores que aparece a meio do caminho-quase-a-chegar-ao-trabalho (como é que eu nunca o tinha visto? ele é enoooorme). E todos os dias devia quase dar um tombo fenomenal no meio da cidade e ficar envergonhada mas seguir em frente com o nariz empinado e com cara de "quê? ia cair? nem dei por nada!" E todos os dias, caso não caísse, devia ficar com uma big pisadura na perna esquerda.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Eat mora chocolate #9

Os árabes não falam. Os árabes gritam.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Afinal, existimos para os espanhóis.

Pode não haver placas em português. Pode não haver descrições dos sítios em português. Pode ninguém falar português. Mas o carro (aquele em que os paizinhos metem uma moeda e os putos dão uma volta só-porque-me-estão-a-chatear-muito-e-não-estou-para-aturá-los) que está estacionado à porta do Dia, perto do Raval, tem matricula portuguesa. 94-08-ED. Ah pois é. Somos os melhores na importação de carrinhos de brincar. Não sei, digo eu.

domingo, 17 de maio de 2009

Visca el Barcelona*

Somos, oficialmente, campeões. A festa fez-se até bem tarde e em todas as ruas (pelo menos na minha houve muita e até tarde!). E acho - minha humilde opinião - que com um treinador destes vamos longe. Muito longe.







*Como quem diz Viva o Barcelona.

sábado, 16 de maio de 2009

Não aguantavas até casa?

Nunca vi ninguém a parar no meio da rua (leia-se sábado à tarde e quase-centro de Barcelona) e mijar naquelas árvores fininhas, que não tapam 1/4 do nosso corpo, que é como quem diz, neste caso, não tapa o nosso órgão sexual! Pois ia eu muito descansada a sair da porta do meu prédio quando me deparo com esta imagem: um homem de cadeira de rodas a mijar para uma dessas árvores fininhas. Eu nem sabia o que fazer: se sair da porta e virar à direita ou à esquerda, se fazer de conta que não vi ou se olhar para ele com ar de reprovação, se esperar na porta até ele de despachar lá com o serviço... O que é certo é que eu até corei enquanto ele , muito feliz da vida, estava lá como se tivesse em casa. Tudo bem, minha gente, todos temos as mesmas necessidades mas eram três da tarde e a rua não é propriamente deserta no que diz respeito ao tráfego de peões e de automóveis. Vergonha nessa cara, sim?

quinta-feira, 14 de maio de 2009

A do meu vizinho é melhor que a minha.

Eu era viciada em televisão. era capaz de estar um dia inteiro em casa a ver todos os programas e mais alguns (sim, todos contempla também as Julia's e as Fátima's e os Você's na TV) mas desde que vim para Barcelona que se vi três vezes televisão foi muito. E há varias razões para isto. A minha televisão é estranha: o comando não funciona (o que implica teres de me levantar sempre que quero mudar de canal) e os canais tem muitas formigas, como quem diz, a antena deve ser péssima ou nunca ninguém se deu ao trabalho de sintonizar os canais e não há programas de jeito. Para além disto, uma vez liguei a televisão e estava a dar um filme que eu já tinha visto mas, desta vez, dobrado em espanhol. Vocês já imaginaram ver os vossos actores preferidos a falar espanhol? Não? Então tentem apanhar um canal dos nuestros hermanos que vão ver como é bonito. Blhec. Por isso, desisti. Nem futebol vejo, o que é uma pena. Mas também, quem precisa ver futebol na sua mísera televisão quando tem uns vizinhos histéricos e fanáticos, quando mora numa rua tão movimentada que parece que abana quando é golo do Barcelona e quando o vizinho da frente tem um plasma tão grande que quase se vê as repetições?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Do meu nome.

Sempre que um dos meus queridos marroquinos me pergunta qual é ou diz simplesmente o meu nome (não Lua, o verdadeiro mesmo) é certinho que a frase acaba com “é um nome árabe”. E eu já sei isso tudo, aliás, eu sou daquelas pessoas que quando vê um papel ou um porta-chaves ou whatever com o significado do nome vai a correr ver o que diz. E adivinhem o que diz? Sempre o mesmo: que tem origem árabe, que é um nome bíblico – e descobri que existem três na bíblia, só mulheres sofridas, coitadas, a minha cruz é a do sofrimento, está visto! - and so on… E hoje um miúdo quase que disse que eu com este nome (por sinal muito lindo) só podia ser marroquina. Sorry, disseste marroquina? E ele sempre a insistir, se é um nome marroquino, eu tinha de ser marroquina. Ok, se tu achas isso...Ora fala lá árabe comigo para ver se eu te respondo!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A minha vida dava um filme indiano - A infância

Tive uma infância normalzinha, não estejam já com ideias. Nasci, gatinhei, começai a andar. Entrei no infantário onde comecei desde logo a partir corações. Não me lembro do nome dele mas havia um “ele” (naquela idade há sempre). Desse tempo só me lembro de uma festinha de Natal onde fui com um vestidinho as flores e um blaiser vermelho a imitar uma farda de um qualquer colégio interno. Lembro-me porque tenho uma foto algures perdida nos muitos envelopes e álbuns de fotos. E lembro-me porque, supostamente, devia cantar “no Natal pela manhã, ouvem-se os sinos tocar, e há uma grande alegria, no aaaaar” num espectacular solo mas acabou por não acontecer porque alguém pôs uma cassete (naquele tempo não havia cd’s) com as vozes já gravadas. Uffff-lembro-me de ter pensado-aquelas borboletas no estômago não paravam de bater as asas.
Depois disto, escola primária. (no período de transição ainda fiz uma cirurgia ao ouvido porque era uma miúda problemática com otites!) E aqui sim, lembro-me do nome dele. Helder. Tinha olhos azuis e andava sempre atrás de mim. ou era a mandar beijinhos, ou a levantar a saia (coisas típicas mas que eu achava um nojo!) Este era o tempo em que combinava com as minhas amigas irmos de saia ao xadrez, uma da cada cor, colávamos tazos na testa e jogávamos à Navegante da Lua. Eu era a Amy (não a Winehouse), a navegante azul mas ia sempre de verde ou amarelo. E jogávamos aos PowerRangers – mas esse já envolvia gajos. E eu era a rosa, a Kimberly. Foi aqui que eu comecei a gostar de gajos, eles davam-nos atenção. Eram capazes de não ir jogar futebol com os mais velhos para brincar connosco. E nós, gajas, éramos capazes de trocar jogar às casinhas por um jogo de futebol com eles, no campo privado que decidimos que era “nosso” porque fomos nós que o construirmos mesmo que as balizas fossem duas árvores. E foi, também, nesta altura que comecei a gostar de futebol. Para além de jogar na escola, tinha o meu amigo Alex que me ensinava fintas, remates, dribles e montes de coisas. Tudo isto contra o portão da casa da minha avó. Durante anos eu via aquelas marcas lá e pensava que tinha sido mesmo muito feliz, não só no futebol mas também a fazer bolinhos de lama, a inventar líquidos que tiravam todas as nódoas e a comer barras de chocolate que a avó dele me dava. E não, por incrível que pareça, ele não foi o meu primeiro namorado, nem sequer andei aos beijos com ele. Mas gostei quando no ano passado ele me apresentou à namorada como “a minha amiga mais antiga”.

To be continued...

sábado, 9 de maio de 2009

Há coisas fantásticas, não há?


Eu acho que se clicarem a imagem aumenta.
E se não perceberem catalão, eu dou uma ajuda =)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Sou má, sim.

Então é o seguinte: eu quero mesmo fazer mal a uma pessoa. Mesmo. Não quero mata-la mas quero fazer alguma coisa para me rir um bocadinho. Já pensei em laxante na comida. Qualquer coisa picante (muiiito picante) na pasta dos dentes. Açúcar nos lençóis. Mandar muitos virus para o computador da dita cuja até ele não poder ligar mais. Partir-lhe a cara e depois o resto do corpo, devagarinho, muito devagarinho. Encher a porta do quarto de frases que remetessem para ofensas corporais, psíquicas, sexuais, físicas, psicológicas. Mas não consigo escolher. Apetece-me fazer tudo e tudo ao mesmo tempo. E apetece-me pontapeá-la sempre que me diz Hola e sorri. Help?


Como disse a T. : Ela é uma puta.


(E não, não há gajos metidos no meio disto tudo.)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Não, nunca me canso de ser perfeita.*

Eu acho – a minha humilde opinião – que os gajos gostam de ver uma gaja boazona a passar, sim, olhar um bom rabo e umas boas mamas, mas depois ficam a pensar que nunca na vida iriam ter uma namorada daquelas porque ia ser sempre a mais olhada, a mais cobiçada. O que os homens querem é uma namorada que os entenda, que veja uma partida de futebol com eles, que saiba falar de tudo e mais alguma coisa, que saiba discutir, que tenha ideias próprias e que não ande aqui por ver andar os outros. Eles não se importam se andamos demasiado vestidas, se dormimos cheias de meias e com muitas camisolas, se não combinamos a lingerie, se gostamos mais de sapatilhas que salto do que alto. Eu nunca vou ser o que os gajos chamam de gaja boa. Não tenho umas mamas boas, não sou alta, raramente me maquilho e ponho roupa sexy, ando sempre com um soutien de uma cor e umas cuecas de outra, não faço dietas, uso poucos cremes, o meu cabelo anda sempre despenteado e dão-me sempre menos 5 anos do que eu realmente tenho (ok, é verdade que ainda tenho cara de adolescente ou assim qualquer coisa!). Eu sou mais do estilo querida, as pessoas gostam da minha cara fofa, das minhas bochechinhas para apertar, etc. etc. Não que seja um careto, nada disso, mas não sou uma femme fatale. Sou bonitinha, pronto! E sempre achei que a gaja que mais se aproximava da perfeição, para mim, era eu própria. Eu sei que a minha auto-estima está lá no alto mas também sempre fiz por isso. Nunca me desvalorizei perante alguém, nunca pensei “aquela é mais bonita que eu” ou “nunca vou ser como ela mas queria” porque simplesmente isso não me ia levar a lado nenhum. E se não começamos por gostar de nós, nunca ninguém o fará. E no fundo o que todos queremos não é ter ao nosso lado uma pessoa com um corpo de parar o trânsito. Queremos alguém com um sorriso, uma palavra, um beijo e um abraço que faça parar, simplesmente, o nosso mundo.


*Resposta à pergunta de um amigo meu, "tu nunca te cansas de ser perfeita?" =)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Gripe.

Há umas semanas quando estive no PortAventura estive no México. Foi lá que andei na Harakan Condor e no Tren de la Mina. E até fui à cantina do México comer frango com batatas fritas, coca-cola e magnum de sobremesa enquanto via um espectáculo de dança.

Pergunta que se impõe: devo, então, preocupar-me com a gripe suína (ou gripe A que é muito mas muito mais chique!)?

domingo, 3 de maio de 2009

Certeza.

Vocês são as melhores do mundo.