domingo, 31 de outubro de 2010
sábado, 30 de outubro de 2010
Carta LV
“Not only is it harder to be a man, it is also harder to become one.”
Arianna Huffington
First things first. A tua carta já garantiu o lugar nas coisas mais épicas que li este ano. Deixaste os teus primos embasbacados, quase ao ponto de me fazer inveja, quer dizer, pensava eu que tinha esse exclusivo, mas não, deixas-me a mim e a eles super orgulhosos, e dás argumentos à minha tese, de que na nossa família se escrevem coisas que vale a pena encaixilhar.
Agora a outra parte, a mais importante, aquela que fez com que eles decidissem que eu é que devia responder. Fogo, tu és das pessoas mais inteligentes que eu conheço, e é por isso, que não há mínima hipótese de tu não fazeres ideia do sermão que te espera. Mais, este sermão deve ter sido o objectivo desde o início. Seu manipuladorzinho dum raio! Mas não faz mal, nós gajos somos como super-heróis, que tanto podem estar nos seus empregos normais, quando de repente já estão a dar uma coça a criminosos, em que “empregos normais” é sermos internacionalmente conhecidos como directos e lógicos e “prender criminosos” é apaixonares-te pela rapariga mais gira da escola e começares a não dizer coisa com coisa. Assim tipo, como está a acontecer contigo! Eu sei, eu fui proibido pelo médico de fazer analogias, mas fica difícil, eu vejo demasiados filmes com bons símbolos, e por isso acho que devo estar quase a ficar bom nisto.
Bem, isto tem que ser dito quanto antes. Ela já sabe que tu queres “construir castelos de areia” com ela (argh, devo estar numa daquelas crises), elas sabem sempre, acho que devemos ter neons na testa a anunciar o facto, ou então é aquela treta do sexto sentido. De qualquer das formas, estás em má posição, estás desconfortável, porque desde que ela percebeu isso e não se foi embora, e acredita, ela ia sublinhar e marcar com marcador fluorescente o “ir embora” de forma a tu perceberes, que começou mais ou menos a contar os minutos para tu seres tu, sabes?
Tu, chavalo de 16 anos [eu queria tanto essa idade, é como ter 18, mas sem a pressão dos exames e metade da responsabilidade], meu primo favorito, que te encantas com a Audrey Hepburn a ser Audrey Hepburn, que fazes proezas no Hóquei, que dizes as melhores piadas nas passagens de ano, e que és imbatível no Trivial Pursuit, tens tudo e ninguém te agarra! Pegas nesse monte de coisas que vai aí dentro e com que arrasaste naquela carta e tens a ideia da tua vida para ela. Nós somos rapazes, podemos nunca ter a certeza de que ela gosta de nós, não vamos aos detalhes, e como eu disse, ficamos parvos, mas nós agimos, temos a mania, somos confiantes, e temos um sentido de humor especialmente desenhado para as divertir, por isso, ela continua parada à tua espera, que sejas rapaz, ou melhor ainda, que tu sejas homem.
Sabes que mais, pergunta a qualquer pessoa, quando é que pensaram pela primeira vez que estavam adultos. Se calhar vais-te surpreender com as respostas, é que não vão ser sobre quando fizeram isto, ou quando conseguiram aquilo. As respostas vão ser sobre o quando e o quanto sentiram nalgum momento. Ok, eu diria que foi quando dormi com uma pessoa 13 anos mais velha do que eu no meu primeiro e único ano de faculdade, mas há as excepções, tem que haver, certo? E não é isso que importa aqui. O que eu estou a tentar dizer é, que é nestes momentos em que tu tens de perceber se estás pronto para ir buscar a vida que queres para ti, porque rapaz, vai ser a viagem mais louca da tua vida.
Pergunta a ti mesmo, vês-te a escolher estes momentos daqui a 10, 20 anos, como os dias em que viste que estavas um homem? Dá-te vontade de agir como um é suposto, quando dizes que adormeces sempre a pensar em várias cenas do mesmo filme, num cenário mais ou menos perfeito, mais ou menos irreal, contigo deitado no colo dela num banco de jardim, enquanto lês as tuas BD’s japonesas (eu sei que se chamam mangas! Calma!) e ela com um dos seus “Jane Austen”? Ou talvez naquela em que a vais levar a casa e esquecem-se das horas, sentados nos degraus do prédio, a tentar convencer o outro de que o vosso desenho animado favorito é o melhor da vossa geração? Se sim…
“Arianna parece-me nome de gaja” estás tu a pensar correctamente, “o que é que ela sabe sobre o quanto custa tornarmo-nos homens?” perguntas em tom rebelde. Ao que eu respondo, que ela fundou um blog, onde já postaram o Obama e a Madonna! Eu acho que só por isso já devemos considera-la uma especialista em qualquer assunto, tipo sei lá, o Moita Flores. Agora a sério, ela vive num mundo da política, que ainda é muito um clube de homens, e deve ter conseguido perceber a nossa essência entre os vários números de circo.
Eu acho que ela está certa. Talvez seja mais difícil tornarmo-nos homens porque as pessoas pensam que é o mais fácil. Com isto tudo, estou a tentar dizer-te que não é, e que vão ser essas mesmas dificuldades que te vão lembrar o quanto tu queres aquilo por o qual estás a lutar. Neste caso, começas com uma nobre donzela. É uma missão do caraças, até podes imaginar que a vais resgatar de um dragão, se é que é precisa mais motivação (Rima!) ou se gostaste do Shrek, mas lembra-te, e isto é tão importante, que ela também se está a tornar uma mulher. E tu tens que saber, que só há três coisas que todas as mulheres gostam em doses pouco saudáveis. Falar, chocolate e apaixonarem-se. Para a primeira, elas tem as amigas, para a segunda tem os supermercados, e para a terceira tem-nos só a nós, homens. Sortudas.
Podes ler esta carta mais duas ou três vezes, mas depois sai. Faz qualquer coisa!
Aquele group hug dos teus primos,
David
P.S- Tens de parar de ver tantas comédias românticas. Olha-me para esses sonhos pá!
_______________
E amanhã, queridos leitores, vou conhecer o David :)
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Visto e descaradamente roubado algures neste grande mundo chamado internet!
Enquanto algumas pessoas fazem de tudo para serem notadas, outras agem naturalmente e tornam-se inesquecíveis.
ADORO! [e estão a aproximar-se as festas!]
O anel, pessoas.
Amo usá-lo no dedo indicador. AMO.
Já tenho uns quatro para este efeito mas ando quase sempre com os mesmos.
Grandes, enoormes!
Já sabem, quem quiser oferecer é dizer que mando morada :)
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Já não temos cinco anos.
Só fazemos promessas bonitas a pessoas que gostamos muito. E eu tenho a certeza que gosto muito de ti quando te prometo T4s com closets gigantes e uma vida cheia de lágrimas abafadas pelos (nossos) sorrisos e quando prometo que vais ser feliz no matter what or who. Ás vezes tenho medo de te falhar. Tenho medo que, um dia, a minha escada parta e eu não consiga chegar até ti ou que as minhas palavras e acções não sejam grandes o suficiente para chegarem ao teu coração. Tenho medo que isto acabe mas tu continuas aqui depois de tudo, porra, deve querer dizer alguma coisa. E já não temos cinco anos, quando prometemos ao nosso coleguinha da escola que amanhã vamos jogar à caça-caça ou ao esconde-esconde e depois, afinal, amanhã já não apetece. Por isso, hoje apetece-me prometer-te que sim, que vamos durar para sempre e que não, nunca, em circunstância alguma, vou deixar que fujas daqui, de mim. E aprende: eu quando prometo, cumpro.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Musicas a cantar num divórcio #2
Para quem está a pensar divorciar-se e quiser animar a festa/celebração/funeral/whatever deve, efectivamente ouvir músca pimba. E até dou nomes: Ágata. Acreditem, estas pessoas devem sofrer mesmo muito porque as letras das suas músicas, na sua maioria, falam em desamores. Só encontrei estas duas das mais conhecidas (deixo os links porque não dá para incorporar - vá-se lá saber porquê) mas se fizerem uma pesquisa mais atenta irão descobrir um mundo de intriga e abandonamentos e outras gajas que se metem com o(s) amor(es) dela. Um verdadeira mundo, pessoas. Um verdadeiro mundo.
Perfume de mulher - Por isso sai, sai da minha viiiiiiida. [o gajo tinha uma amante]
Comunhão de bens - Pode ficar com as jóias o carro e a casa mas não ficas com ele. [aqui não vai haver problema nas partilhas dos bens já que ela abdica de tudo]
Claro que cada pessoa terá de escolher as músicas consoante a sua situação.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
sábado, 23 de outubro de 2010
tenho mesmo mais frio quando não estás ao pé de mim.
E, por mais estúpido que possa parecer, às vezes fazes falta. Nem que seja apenas para a minha sanidade mental. Nem que seja apenas para eu ter a sensação de que ainda és 'a minha pessoa'.
Hoje foi diferente. Quando se ri, é sempre diferente.
Hoje rimos, sim. Hoje mostrámos ao mundo a verdadeira razão de ainda ninguém ter ido embora. Hoje mostrámos ao mundo porque certas coisas parecem estar destinadas. Hoje foi diferente. Hoje as coisas fizeram sentido.
Texto e título roubados das MARAVILHOSAS Bolas de Sabão.
Nunca conheci nenhuma caloria que não gostasse.
Mistas com oregãos. O paraíso, minha gente, é o que tenho a dizer.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Carta LIV
Pensei que ia ser de dificuldade de grau máximo. E foi.
Pensei que nunca me sentiria uma fatia do bolo. Mas senti.
Pensei que seriam diferentes os dias de recordações sentidas. Mas não foram.
A vontade de voltar à partida foi perdida, e substituída pelo refúgio num sítio novo e desconhecido.
E porque o barulho e a escuridão não conjugam, eu já não “os” sinto em mim da mesma maneira.
Agora que a inocência acabou e o fruto amadureceu, não culpo ninguém, nem me culpo, apenas porque não já não sinto.
Um coração de pedra que não amolece como pão em água. É cientificamente impossível crer na impossibilidade de desejos e sonhos por concretizar.
E por isso digo que JÁ NÃO quero, posso, desejo, devo SENTIR-VOS EM MIM!
Seria demasiado pedir para que a infelicidade continue onde pode ser evitada sem propagações vizinhas.
Por Eskimo.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
só porque sou especial.
Prefiro que me tratem pelo meu verdadeito nome [mesmo aquele que não gosto] do que me chamarem o que chamam a toda a gente - mesmo que sejam coisinhas fofas e cutxi-cutxi.
Ainda sobre a falta de dinheiro.
Apaixonei-me por uma mala da Nike. Será que também há concursos para malas da Nike? Ou então um senhor da Nike lê este blogue e oferece uma mala da Nike à Lua? Se oferecem telemóveis porque não oferecer malas da Nike, ah?
Verbo respirar.
Podia fazer-te acreditar que acredito que é possível dar a volta, que é possível mudar a sorte – porque a sorte, por sorte todos o sabemos, não é mais do que a competência de quem gere o destino. Podia fazer mil e uma coisas, dar-te mil e um conselhos, mil e uma palmadinhas nas costas. Mas não: prefiro dizer-te, como te disse, para respirares. Para sentires o que tens e o que não tens como provas indubitáveis de que tens tudo aquilo de que precisas. Porque, no fundo, tudo aquilo de que precisas é um corpo para respirar e um mundo para viver. Pode ser uma merda, pode não valer a ponta de um corno. Mas é o mundo: o teu mundo. Aproveita-o. E respira. Até que te falte a respiração.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Preciso da vossa ajuda!
É o seguinte: preciso de comprar um carro. Até aqui tudo bem não fosse a minha carteira e conta bancária estarem vaziinhas. Por isso, tive a brilhante (?) ideia de, já que não posso comprá-lo, ganhá-lo. Então onde entram os leirores deste nobre blogue? Entram na parte de me avisarem/inscreverem/telefonarem por mim nos concursos e coisas assim! Ou então na parte de me oferecer um carrinho - não precisa de ser um Mercedes, qualquer coisa serve. Estamos assim combinados?
terça-feira, 19 de outubro de 2010
é por isto que gosto de passar uma meia horinha por dia com bebés.
Pois claro que os putos de um, dois e três anos só poderiam ter paizinhos giros e/ou fofos e/ou interessantes.
Músicas a cantar num divórcio #1
Um dia destes numas conversações estivemos a pensar que talvez não fosse má ideia cantar em divórcios. Dizem que o casamento está em crise, que cada vez se casa menos, que isto e aquilo e, vai daí, decidi-me a fazer uma listinha de músicas apropriadas ao momento. Porque da mesma maneira que há músicas apropriadas a casamentos, tem de haver para os divórcios, certo?
Ora bem, a primeira, como é óbvio, é a música de dá nome a este blogue!
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
sábado, 16 de outubro de 2010
would you make my life as big as the sky?
Porque quero ser isto e quero ser outra coisa. Quero ser mar e água e quero ser terra segura. Quero que me amem e ficar sozinha. Quero gostar dele e odiá-lo. Quero deitar-me, dormir e sonhar e quero dançar toda a noite. E quero dançar sempre a mesma música e músicas diferentes. Quero beber água e sumo e caipirinhas e mojitos. Quero paz e quero festa. Quero ir para casa e quero ficar aqui. Quero ir e quero voltar. Sempre. Quero conhecer e quero ficar na ignorância. Quero beijar e quero (mais ainda) abraçar. Quero férias e quero trabalho. Quero ter inimigos e muitos amigos. Quero tu, ele, o outro e mais o outro. Quero todos e não quero nenhum. Quero comer muito e quero fazer dieta. Quero fruta e quero carne. Quero ter e não quero comprar. Quero sol e calor e frio e chuva e vento. Quero andar descalça e quero sapatos de brilho. Quero escrever com lápis, com caneta, com tinta, com cores, a preto e branco. Quero não ter nada para dizer e quero dizer tudo. Quero bater à porta e entrar sem pedir. Quero receber cartas e não responder. Quer ler muito, devorar e quero rasgar as páginas que me fazem sentir tanto. Quero receber mensagens de amor e não ter palavras. Quero tomar banho em pétalas de rosa. Quero cheirar bem e não cheirar a nada. Quero que me prendam e quero ser livre. Quero lençóis de linho e lençóis de seda. Quero-me vestir de todas as cores do arco-íris. Quero o nascer e o pôr-do-sol durante todo o dia. Quero a lua sempre comigo, em quarto crescente. Quero a Elas e a Eles e quero mais elas e mais eles, muitos mais. Quero viver no campo e nas montanhas e na cidade. Quero estar aqui e quero Barcelona e Caminha e Porto. Quero ouvir música e quero estar em silêncio. Quero forrar o meu quarto de desenhos e de palavras. Quero sorrisos, lágrimas, ombros para chorar, gritos e silêncios. Quero fazer tudo o que não fiz e não fazer algumas coisas que já estão feitas. Quero ser corajosa e quero ser frágil e ter medo. Quero proteger e quero que me protejam. Quero estar sempre lá para os outros e quero que os outros estejam sempre por mim. Quero que amanhã desapareça tudo e quero que amanhã recomece tudo outra vez. Quero aceitar e merecer o que me dão. Quero que comece e termine e recomece. Quero amar, sonhar, viver, sentir, magoar, ser magoada, fugir, esquecer, beijar, abraçar, suar, criar, acreditar. Quero o mundo inteiro dentro de mim.
E eu quero tudo.
eu também tenho pronúncia do norte e devo dizer coisas estranhas.
Acho tão fofinhas aquelas pessoas que em vez de dizerem mais alto dizem mais j'alto.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
um dia afogo-me numa garrafa de água-ardente e muda tudo.
Ou é porque está sol ou porque está chuva ou porque me esqueci das chaves ou porque vair dar aquele filme na televisão ou porque a vizinha foi para o hospital ou porque o chá está bom e não dá para interromper ou porque não-sei-quem tem uma cusquice ou porque outro não-sei-quem tem uma coisa pra contar ou porque o Benfica ganhou ou porque bebi demais ou porque o café estava sem açúcar ou porque já é tarde e temos de ir embora ou porque não quero estar mais aqui ou porque essa camisola fica-te mal ou porque esqueci da fazer o buço ou porque é Natal, é Páscoa, alguém faz anos, ou porque é Outono ou Inverno ou Primavera ou Verão, ou porque falo espanhol ou porque esta música é linda ou é feia e não gosto ou porque hoje estamos em dia não ou porque não dormimos de noite ou...
Ás vezes queria dizer-te tudo. O que sinto, o que senti. Ás vezes sinto-me a explodir por dentro. E depois tu nunca percebeste nada, nunca soubeste a quantidade de coisas que despertavas em mim e a quantidade de amor que tinha para te dar. Perco-me em conversas e no mundo que me rodeia, é esse o problema. Sempre me perdi. E espero que percebas pelo menos isto: há palavras que, por muito que queira, nunca mas nunca te saberei dizer.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Carta LIII
Tu, que povoas o meu coração,
Não sei como haveria de começar a escrever aqui. Já não me posso chamar de "meu amor", não seria justo para ti, nem seria justo comigo mesmo, não que não te ame, porque amo, mas porque perdi todo o direito que tinha de dizer que de alguma forma eras minha. Não te queria chamar querida, porque na realidade é demasiado banal. Não te queria chamar pelo nome, porque esse só deve ser usado por quem queres que o use. Então começo contigo, tu que povoas o meu coração, porque te sinto hoje duma forma assoberbada, assombradamente cheia de calor e carinho, porque não consigo deixar de pensar em ti, e porque te vejo em todo o reflexo do que faço.
Não sei como me sentes hoje em dia, não sei sequer se mereço ser sentido por ti. Se mereço sequer um segundo dos teus sentimentos e um segundo dos teus pensamentos. Não há um dia em que não me martirize sobre tudo o que aconteceu connosco neste último ano, e já agora durante todo o tempo que partilhamos enquanto seres apaixonados e envolvidos numa mesma relação de partilha total e abertura.
Olho para os casais que passam por mim enquanto completo o meu dia sozinho, passam por mim vindos de todos os lados, desde o Eléctrico 18 da Ajuda, no Cais de Belém, junto à Ponte 25 de Abril, tomando café juntos enquanto suavemente passam a mão pela cara um do outro, apreciando o amor em doses grandes de emoção e sentimento de estarem completos e não sentindo nenhum vazio gigantesco do tamanho das crateras do Vulcão de Sumatra. E penso no quanto de nós podia estar representado em cada um desses casais, e isso deixa-me mais triste, porque sei que eu e tu tínhamos muito mais potencial que os outros todos juntos, tínhamos amor, paixão e interesses intelectuais acima de qualquer um deles.
Sei hoje que nenhuma mulher à minha volta é capaz de me dar tanta vida como tu me davas, nenhuma delas me parece interessante, acho-as cinzentas como acho cinzento o tempo em Outubro, não são cores garridas e vivas que me fazem querer sorrir. Não tenho o mínimo interesse em querer saber quantas mulheres giram à volta do mundo, isso não mais é importante, depois de ter tido o melhor a que podia aspirar, não me posso contentar com muito menos. Daí preferir ficar a idolatrar a pessoa que és sozinho, do que encontrar alguém que nem sequer consigo gostar.
Hoje, e desde há algum tempo sei que o nosso nome não ficará imortalizado nem por Dali nem por Kandinsky em quadros vibrantes e brilhantes, de cores quentes e carinhosas que pintam a nossa imaginação de orgulho e duma sensação de bem-estar inigualável. Arrependo-me dos milhões de erros que cometi, sei que não tenho desculpa, que essas se acabaram há muito tempo, no dia em que deixei de poder errar, e no dia em que cometi o erro gravíssimo em nós.
Acabaram-se os fins-de-semana bonitos.
Acabou-se a minha ânsia de vencer as centenas de km que nos separavam mas que eram sempre vencidos ao primeiro beijo.
Acabou-se o chá das 5h, tomado no sítio do costume, envolto em olhares de admiração e ternura.
Acabou-se o regozijo com que dizia à família que tinha alguém, que na verdade não era alguém, eras Tu, Tu que mereces uma admiração grande agora que não estamos juntos, visto que reconheço os erros que cometi, e o que durante algum tempo sofreste comigo.
Não há mais sorrisos perfeitos, nem olhares lânguidos.
Não há cumes que se vencem com a simplicidade de duas mãos juntas.
Não há mais Lisboa e Porto juntos no mesma sombra de árvore.
Não há mais nada, só o meu pensamento em ti, e o teu pensamento cada vez mais longe de mim.
Acabou-se agora o conto de fadas em papel velho.
Eu fico aqui do meu lado do rio, e tu ficas do teu lado do rio.
Sinto-te em mim, como se nunca tivesses saído do meu lado.
Mas deixo-te sem mim, onde ficas feliz e mais completa.
Sempre teu. Sempre.
P.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Acho que é só isto.
Tenho a sensação que os meus dias começam muito cedo e acabam muito tarde.
-Já não é verano, Lua.
-Já não é verano, Lua.
É estranho.*
Ouvir pela boca dos outros e sentir na história dos outros a nossa história, aquilo que sentimos. Exactamente aquilo que estamos a sentir.
*não necessariamente mau.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
A lei da atracção.
Eu não acredito muito nisso. Acredito, sim, que a vida nos dá vários caminhos e que temos de escolher o melhor - mesmo que, no final, não o seja. Acredito também que se tivermos pensamentos positivos, se deitarmos as tristezas para trás das costas é mais fácil ultrapassar os obstáculos que nos surgem. Acredito que temos o poder de nos mudarmos e, consequentemente, mudar o nosso futuro e sermos nós construtores do nosso bem-estar. Ás vezes parece-nos tudo tão longe mas isso somos nós a exagerar, a não ver a big picture da coisa. É basicamente isto. Não me venham dizer que pensar muito naquela pessoa, ela acaba por ficar connosco. Que pensar muito em dinheiro recheia a nossa conta. Que pensar e querer muito casar com o Tiago Bettencourt ou com o Chris Martin ou com o Pedro Boucherie ou com outro qualquer, faz-nos acordar de manhã com uma aliança no dedo. Lutar pelas coisas é o caminho. Nós lutarmos. Não o universo.
sábado, 9 de outubro de 2010
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Ok!
Nestes tempos de crise, se tiverem um namorado que coma muito só têm um remédio: troquem-no por um que coma menos.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Carta LII
Já lá vai o tempo de menina, em que tudo era mais fácil.
Já foram tempos em que a brincadeira falava mais alto e o estudo ficava para último.
Já passei o tempo em que as paixões platónicas ocupavam o meu dia e os seus sorrisos alegravam a minha alma.
Já não te sinto em mim!
Lá passei os meus melhores momentos, aprendi de tudo um pouco, mas em especial a ser uma mulher forte e capaz de ultrapassar com a cabeça erguida todas as rasteiras da vida.
Fui feliz? Muito, as vezes só quero voltar a traz e dizer o que não disse e fazer o que não fiz.
A minha vida foi assim e gostei. Gosto de passear à beira mar e sentir a maresia, gosto de viver e sem dúvida de rir.
Penso no passado como uma das melhores fases que vivi.
Agora sobre o presente, posso dizer que tem altos e baixos, e sem duvida que o sentido proibido o domina.
Já te sinto em mim!
Sinto que a vida num curto espaço de tempo dá muitas voltas. Voltas essas que tendem a mudar a minha vida para melhor. Assim espero!
Sem duvida que os meus amigos fazem parte do “sentir” presente.
Aos poucos e poucos vou conhecendo melhor aquela flor que ainda esta a abrir. Gosto das conversas que tenho com ela e apesar de ainda estar a conhecer o mundo, ela alegra o meu dia.
Podia falar de tantas coisas e ao mesmo tempo falo de tão poucas.
Para terminar não poderia esquecer a minha amiga Lua, (referida nos amigos) que faz parte da minha vida e eu gosto.
Lua, Nestlé, mana e outros tantos nomes, obrigada por fazeres parte da minha linda vida e se não te importares faz um favor a ti e aos teus amigos e sê FELIZ sim? Promete-me.
Já foram tempos em que a brincadeira falava mais alto e o estudo ficava para último.
Já passei o tempo em que as paixões platónicas ocupavam o meu dia e os seus sorrisos alegravam a minha alma.
Já não te sinto em mim!
Lá passei os meus melhores momentos, aprendi de tudo um pouco, mas em especial a ser uma mulher forte e capaz de ultrapassar com a cabeça erguida todas as rasteiras da vida.
Fui feliz? Muito, as vezes só quero voltar a traz e dizer o que não disse e fazer o que não fiz.
A minha vida foi assim e gostei. Gosto de passear à beira mar e sentir a maresia, gosto de viver e sem dúvida de rir.
Penso no passado como uma das melhores fases que vivi.
Agora sobre o presente, posso dizer que tem altos e baixos, e sem duvida que o sentido proibido o domina.
Já te sinto em mim!
Sinto que a vida num curto espaço de tempo dá muitas voltas. Voltas essas que tendem a mudar a minha vida para melhor. Assim espero!
Sem duvida que os meus amigos fazem parte do “sentir” presente.
Aos poucos e poucos vou conhecendo melhor aquela flor que ainda esta a abrir. Gosto das conversas que tenho com ela e apesar de ainda estar a conhecer o mundo, ela alegra o meu dia.
Podia falar de tantas coisas e ao mesmo tempo falo de tão poucas.
Para terminar não poderia esquecer a minha amiga Lua, (referida nos amigos) que faz parte da minha vida e eu gosto.
Lua, Nestlé, mana e outros tantos nomes, obrigada por fazeres parte da minha linda vida e se não te importares faz um favor a ti e aos teus amigos e sê FELIZ sim? Promete-me.
...por Poderosa.
______________________________
Não sei se repararam Ela é minha amiga e já me tinha prometido isto há muito tempo.
E não sei se repararam que a Lua de quem se fala sou eu e eu prometi que sim, que ia ser muito feliz :)
Obrigada, Poderosa! Por tudo.
______________________________
Não sei se repararam Ela é minha amiga e já me tinha prometido isto há muito tempo.
E não sei se repararam que a Lua de quem se fala sou eu e eu prometi que sim, que ia ser muito feliz :)
Obrigada, Poderosa! Por tudo.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Qualquer dia os putos nascem a saber escrever mensagens!
Mas quem é que dá um iPhone a um miúdo que nem 10 anos tem? E depois, claro, queixam-se que eles fazem videos dos amigos a vestirem-se no balneário.
mas eu sou forte e aguento estas coisas.
Ás vezes - não muitas vezes mas nos últimos dias bati recordes - tenho medo de não conseguir sair daqui. Disto.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Ás de copas.
Sabes aquelas pessoas que fazem castelos de cartas? É tão estúpido, não é? Elas não sabem que basta tirar uma ou alguém soprar que aquilo desmorona tudo? É mais ou menos como nós. Nós nunca fizemos castelos de cartas, para nós só servem para jogar à sueca ou waterfall, mas fizemos castelos de areia cheios de promessas felizes e beijos doces e abraços apertados e mensagens bonitas e olha, hoje, digo-te que vai tudo dar mais ou menos à mesma coisa. Os de areia também caem e nem é preciso soprar, nem é preciso rabanadas de vento fortes, nem é preciso alguém ir lá com a mão, bastam palavras e gestos feitos nos momentos errados. Nós fomos mais ou menos isto: duas cartas que juntas, e pelas adversidades da vida, nunca aguentariam muito tempo de pé.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
não façam promessas se não as podem cumprir, ok?
Vocês não sabem o quanto esta noite seria para mim. Talvez a primeira noite feliz destas noites todas horriveis que tenho pasado. Obrigado por a estragarem um bocadinho. Ou muito.
domingo, 3 de outubro de 2010
ando um bocado a morrer.
Tenho umas olheiras tão carregadas, tão pretas que parece que não durmo há uma semana. Ou então que andei aos murros.
Um dia prometeste-me tanto e agora sei que nunca irás cumprir.
...eu prometo: um dia ganho a lotaria ou faço uma magia mas que eu morra aqui se eu não fizer parecer que o tempo voltou atrás para dizer ou fazer o que devia ter sido feito ou dito.
encontrei-a no meio de tantas outras cartas.
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