domingo, 29 de novembro de 2009

Que nome dar a este filme?

(Eu sei que é grande, chato mas tinha de ser.)


Sexta à tarde e decidimos (já estava decidido mas pronto) ir passar a noite a Vila do Conde. Meio da autoestrada e acende uma luz desconhecida no painel do carro! Eu, estudante de código, não sabia o que era, por isso, se não damos nas aulas de código não deve ser importante! Era tão pouco importante que, logo a seguir, acende a luz do óleo. Ok, luz do óleo pode ser falta de óleo, certo? Vamos a uma oficina de motociclos e o camarada lá nos arranja o óleo sem antes cobrar 10 euros por, segundo ele, dois litros, segundo eu, hummm...meio litro vá! A noite passou-se. E não vale a pena contar a noite porque teve partes muito vergonhosas que não vale a pena ninguém saber senão lá se vai a minha reputação. Não sei se é boa altura, nem se devo ou não, mas cá vai um pedido de desculpas oficial a quem se sentiu lesadao com as minhas acções/palavras!=) Sábado de manhã, decidimos então, depois de arrumarmos a casa toda, rumar a casa. Eu tinha de estar em casa à uma da tarde e à S. que fazia anos convinha chegar cedinho para ainda curtir o resto do dia! A viagem foi tranquila, engraçada e ainda gozamos com uns carros que estavam parados nas bermas, avariados. Aviso para a embarcação que lê este poste: nunca gozem com os carros que estão parados nas bermas, avariados. É que pode acontecer o vosso carro morrer precisamente na portagem, quando estão a pagar, quando estão a uns míseros quilómetros de sair da auto estrada. Pois que aconteceu, sim. E ficamos nós parados ali no meio, sem conseguir pôr o carro na berma, a levar com os carros de um lado e de outros, mesmo ao ladinho das vias verdes. E só pensavamos na fome que tinhamos, na casa de banho que não tinhamos, no reboque que não vinha, nos senhores do seguro que não telefonavam. E quando vocês acham que nada pode piorar, piora. Começa a chover torrencialmente, a trovejar, não conseguimos ver nada (e isso faz com que, certamente, ninguém nos visse) até que somos salvos por uns policias (giro e tal) que nos põem seguros na berma. Mas continua a faltar o reboque e, quando ele vem temos de tirar tudo da mala para procurarmos o gancho. E quando chega o táxi somos as pessoas mais felizes do mundo porque já passaram aquelas duas horas (que mais pareceram uma tarde inteira) de piadas parvas e de telefonemas estranhos, acompanhados de uma garrafa de coca-cola e do leite-creme que não podiamos comer porque não tinhamos colher! Fim.

sábado, 28 de novembro de 2009

Um dia vou fazer ao que sinto por ti o mesmo que tu fizeste ao que sentias por mim.



Hoje foi o dia.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

E para finalizar o assunto.

Melhor que um amo-te ou um adoro-te é um gosto de ti. Gosto de ti. Dito no momento certo ou escrito com um ponto final. Como quem não diz nada de especial e diz tudo. Assim, certeiro [no coração], simples, forte, quase a tocar o infantil. Gosto, pronto, gosto muito.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Adenda [ou ajuda] ao post anterior.

E depois de ter escrito aquilo tudo descobri que no meu telemóvel uma das mensagens modelo - aquelas mensagens que já estão escritas e que nos poupam tempo e que, bdw, ninguém usa - diz, precisamente amo-te. Resta-me com isto concluir que até os senhores dos telemóveis contribuem para banalizar a palavra.

Dos amo-tes não sentidos e em série.

Mete-me uma certa impressão aqueles casias de namorados que sempre que trocam uma mensagem põem "amo-te muito" no final. As conversas são mais ou menos assim:

Mensagem dela: Onde estás, mor[blhec também para isto]? Amo-te muito.
Mensagem dele: Estou em casa! Amo-te muito.
Mensagem dela: A fazer o quê? Amo-te muito.
Mensagem dele: A ver futebol. Amo-te muito.
Mensagem dela: E estar a dar futebol? Amo-te muito.
Mensagem dele: Sim. O SLB com o FCP [o que torna a miúda um bocadinho burra porque toda a gente sabe quando estes dois jogam!] Amo-te.
Mensagem dela: Ahh. Oh mor, porque é que não puseste o "muito" a seguir ao "amo-te"? =(
Mensagem dele: Desculpa mor. Amo-te muito muito muito muito.



(...e depois há uma discussão porque ele não a ama e blá blá blá...)


Bem, este diálogo está um bocado parvo mas é só para perceberem o que quero dizer! E isto incomoda-me e passo a explicar porquê. O "amo-te" deve ser, no meu ponto de vista, uma coisa sentida, dita num momento em que sentimos que amamos mesmo aquela pessoa. Não tem de ser o nosso namorado, pode ser um amigo, um familiar, alguém com quem temos uma relação tão forte, tão forte que achamos que só pode ser amor.
Ora, vocês acreditam que estes amo-te's todos nos fins das mensagens e nos hi5s e facebooks deste país são sentidos? Não, não são. Parece que são fabricados em série, como as peças de automóvel numa fábrica. E depois é vê-los mandar mensagens para outras pessoas e aparecer aquele apêndice! Já me aconteceu, pessoas, receber mensagens que efectivamente eram para mim mas tinham o "amo-te" final que me fazia sempre pensar como é possivel as pessoas mecanizarem uma palavra tão bonita e que devia ser dita em situações e a pessoas especiais.
Eu nunca vou ser assim (também já não tenho idade para isso, é certo!). E eu sei que não se deve dizer nunca mas: eu NUNCA vou ser assim.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Carta XXIII

Meu bem,

Sei que provavelmente não te deveria tratar assim. Terminamos, tudo acabou e já nem sequer te vejo. Dizes que não te incomodo e que ainda prezas a minha companhia mas fico na dúvida – será que isso ainda é amor ou é mera amizade? Não precisas de dizer que fui eu quem acabou, que nunca o terias feito. Não sabemos. Apenas senti que tinha de reagir. Já não aguentava mais ver a tua inércia, a forma como tu simplesmente não reagias àquilo que se passava… já não falavas daquilo que te preocupava e deixaste-me num vazio, numa angústia tal que nunca pensei ser possível de sentir.
Entreguei-me por completo a ti, tornei-te na ‘’minha prioridade’’, como tu um dia me disseste… Talvez me tenha precipitado e quiçá tenhas razão, que tinhas, nalgumas das coisas que dizias. Admito que possa ter sido prematuro terminar desta forma, mas a verdade é que nunca o quis fazer. Eu AMO-TE, com todas as minhas forças… não imaginas sequer o que sinto por ti. Não sei se dirás o mesmo de mim, se pensas que não te soube dar o valor. Porém, vejo que não me deixas chegar a ti, não vi em ti vontade e garra de lutar por mim. Se me amas (ou amas-te) como dizias que amavas, porque é que ainda não vieste atrás de mim? Porque é que quando fui ter contigo não me fizeste ver o quão errada eu estava, para que pudéssemos salvar-nos? Não pareces sentir o mesmo que sinto por ti.
Dei-te tudo o que tinha, tudo o que de melhor há em mim. Fiz tudo o que estava ao meu alcance. Lutei contra tudo e contra todos, ouvi o que não queria, defendi aquilo que sentia por ti, a ver de alguns rebaixei-me enquanto lutei por ti, perdoei coisas que dizias e não fazias só por te amar e por achar que tu valias a pena. Até podes não valer mesmo nada, aliás és uma merda, és um filho-da-mãe que não é capaz sequer de pôr o orgulho de lado por alguém que amas mas… eu não consigo deixar de pensar em ti. Estás em mim a cada minuto, tudo o que vivi contigo, o que dissemos, o que sentimos está cá dentro…
Já não aguento mais viver sem ti. Tenho saudades tuas… cada dia que passo sem ti, sem te ver, em que não falas comigo é um inferno. Não sei o que me deu para gostar assim de ti, nem te conhecia bem! Cativaste-me, conquistaste-me com esse teu ar inocente e casmurro. Rendi-me a ti e fizeste-me prisioneira. Entrego-te aqui as armas, apenas não consigo lutar mais contra algo que é tão forte, tão genuíno e tão nosso! Não fui capaz de apagar as tuas mensagens, as nossas fotos… O teu perfume, ainda o sinto. Os teus beijos e o teu calor ainda me fazem falta. Choro só de pensar que já não gostas de mim. Será que já me esqueces-te?
Estou perdida sem ti. Quero-te perto de mim como nunca quis ninguém. Nada nem ninguém preenche este vazio, este nó que há em mim.
Vem para o pé de mim. Luta por mim. Faz-me sentir viva outra vez, porque eu ainda te sinto em mim, tanto, mas tanto meu amor.
Por Arco-Íris.
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Obrigada pelo contributo. =)

domingo, 22 de novembro de 2009

Dos sonhos.

Sou só eu que acho que quando sonho muito muito muito, mas mesmo muito com uma coisa, essa coisa nunca nunca nunca mas nunca acontece?



[Mas óbvio que continuo a sonhar como se amanha o mundo fosse acabar. Sempre.]

sábado, 21 de novembro de 2009

É só porque me derreto com a voz do Chris. E também porque hoje é sábado e não tenho andado inspirada.

[Eu não gosto muito do MJ mas esta musiquinha é fofinha.]

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Coincidências.

E alguma semelhança com o título deste blogue é pura coincidência!
[Achei mesmo piada!]

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Carta XXIII

Hoje não se escrevem cartas aqui. Hoje as imagens vão dizer muito mais que as palavras. Hoje a carta é escrita com caras e lágrimas e fotografias e sorrisos. Esta é a carta de hoje.





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Obrigada Paulo por partilhares.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Espero mesmo passar no exame que já não vos aguento.

Queridos Rapazinhos-a-Roçar-o-Tunning que andam comigo na aula de código,
não é nada bonito e muito menos interessante passar uma hora a ouvir-vos dizer palermice. Ou porque os vossos amigos conduzem sem carta no carro da namorada e fazem dele um herói (é crime, sabiam?) ou porque vocês acham que um carro devia levar, pelo menos, seis pessoas porque "atrás cabem perfeitamente quatro" ou então porque quando saem da discoteca vêem as pessoas a trincar/comer/ingerir limões para esconder o álcool que ingeriram, etc, etc e blá blá blá. E digo-vos que não é mesmo nada bonito - nadinha de nada - dizerem coisas do tipo "ai, o que eu queria mesmo era uma gaja que me mudasse o óleo do carro e os fusíveis e essas coisas enquanto eu estava no sofá sentado". Não é bonito, não. Chama-se estupidez. Ai God, e eu já vos imagino tanto a ouvir musica no carro como se estivessem dentro de uma discoteca. E com os carros sem a panela a fazer aqueles barulhos mais parecidos com um avião. Cresçam, meninos, sim?
Com os melhores cumprimentos [nada de beijos, vá],
Lua.

domingo, 15 de novembro de 2009

Eu sei que não devia mas...*

Cheguei agora a casa. Eu sei que não é tarde e tal mas não tenho nem um bocadinho de sono. Tomei um café e, por isso, é sagradinho ter uma noite em claro. E o mais engraçado é que eu sei que a cafeina me dá insónias e que, por cauda dela, sou bem capaz de me virar de um lado para o outro da cama umas 500 vezes por minuto mas, de vez em quando, perco a cabeça e penso ah e tal só um cafézinho - comprido - não vai fazer mal nenhum, que venha ele. Pois não. E agora vou para a caminha contar carneirinhos-a-pinchar-em-cercas. Ou então gajos giros a correr em campos verdinhos. Hummm, se calhar esta última é capaz de me fazer ficar (ainda mais) acordada. Oh God, nunca, NUNCA mais bebo café.**
*eu gosto taanto daquele sabor e daquele cheirinho.
**e quantas vezes já disse isto?

Só para que saibas.

Não, eu não te odeio. E não, não gosto um bocadinho menos de ti.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Se calhar não é nada disto, é só porque o blogue nasceu lá.

Descobri hoje que no meu perfil do blogger ainda tenho "Local: Barcelona". E com isto concluo que há sempre a esperançazinha de para lá voltar. Eu queria muito.
E deixo ficar assim ou mudo, ah?

E eu não sou muito muito viciada. Só um bocadinho.

Hoje passei por um campo verdinho, verdinho com umas vaquinhas lá a pastar. E o que me lembrei logo? Claro, da minha Farmville. E consegui fazer um transporte mental do meu computador para aquela quinta enooorme e verdinha. Imaginei os meus animaizinhos a passear, as minhas árvores carregadinhas de frutos, o meu tractor, as minhas plantações. E ri-me. Era tão feliz com uma quinta daquele tamanho, credo!


Hummm...e agora vou ver se vou muito rápido aumentar a minha. Talvez um 18x18. =)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

E nunca, quase nunca acaba mal.

Porque os super heróis (não) estão ao virar da esquina! =)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Carta XXII

Ainda consigo sentir o sabor dos teus lábios, o cheiro da tua pele, o som da tua voz… Fecho os olhos e ainda sinto as tuas mãos a percorrerem o meu corpo, ainda sinto a tua respiração ao meu ouvido, ainda sinto o teu olhar fixo no meu. Quero arrancar-te de mim, mas a verdade é que ainda estás demasiado entranhado no meu corpo, na minha alma, no meu ser… Não me queres, já me disseste… Mais do que uma vez até… Dizes que gostas, que chegas até a amar, mas não me queres. E eu espero, um dia… outro…outro e outro… E nada muda… Há um momento em que tudo muda, sentes a minha falta, não sabes o que fizeste, achas que foi o maior erro da tua vida… Mas passa, no instante seguinte, e afinal não devias ter dito nada daquilo… Estavas confuso, só isso! Pedes desculpa… eu desculpo… e volta tudo ao mesmo... Eu a sentir-te em mim como sempre senti, eu cheia de ti sem saber o que fazer aos dias sem que faças parte deles. Afundo-me em lembranças e recordações… Lembro a primeira saída, o primeiro beijo, a primeira noite que passámos juntos… Lembro como ríamos abraçados na cama, lembro-me da gargalhadas de menina ingénua e das lágrimas que chorei no teu peito… Lembro-me do abraço e dos carinhos, lembro o teu sorriso e a sede que tinhas de mim… Lembro os sonhos, os planos, as promessas… Lembro com mágoa tudo o que perdi… Tudo o que nunca tive…

Hoje sei que chega… Chegou a hora de seguir em frente e procurar o meu caminho… Prometo não tentar mais nada, nunca mais! Sei que te incomoda… Prometo todos os dias conseguir apagar um bocadinho de ti em mim… A cada dia tornar mais distante o som da tua voz, deixar de sentir o cheiro da tua pele, esquecer o sabor do teu beijo. Prometo que todos os dias farei para que tudo se una numa só lembrança, a lembrança de um sonho do qual acordei sem querer, para que então possa dizer que já não te sinto mais em mim.

Chegou a hora da despedida... despedida que eu já adiei demais e que se impõe agora como única saída. Portanto, esta é a minha despedida... Prometo...
Por M.
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Obrigada M. pela tua contribuição. =)

Não é bem medo mas...

...é mais ou menos esta doencinha que eu tenho.

icanread.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Eu sei que todos os domingos faço um post sobre isto mas hoje é importante.

Espero sinceramente que tenham visto os Ídolos e que tenham reparado muito bem na primeira menina que passou à fase seguinte [by the way, não lhe deram grande importância, preferiram filmar as pessoas a chorar desalmadamente como-se-o-mundo-acabasse-amanhã por não terem passado]. Pois que a miúda é cá da terrinha e canta bem que se farta. E andou na mesma escola que eu e já cantou em muitos casamentos e missas e coisas giras. Já ganhou festivais e é um mimo ouvi-la cantar o Eu Sei da Sara Tavares [adoooro a versão dela] e o Happy Day e coisas assim. E pronto, era isto. E dizer que é muito giro ver pessoas conhecidas na televisão.

domingo, 8 de novembro de 2009

Isto hoje não tem titulo.

A noite está perfeita. A chuva a bater na janela e eu a ver séries enroladinha no cobertor branco e vermelho à Benfica. Já foi o chá e agora está a apetecer umas bolachinhas! Mas há [muiiita] preguiça de sair do quentinho para ir para o Pólo Norte, vulgo cozinha. E daqui a pouquinho vou para a cama, ouvir a chuva e imaginar as pessoas que andam pela rua, ao frio. E vou rir-me. E não é por maldade [porque ainda ao bocadinho apanhei uma molha do caraças] é simplesmente por pensar que estou tão bem no meu edredon. Que estou tão seca!

sábado, 7 de novembro de 2009

E uma pessoa está fora uns dias...

...e chega aqui e já tem 100 seguidores. Fogo, nunca pensei. Obrigada!

Gripe A.

Se não a apanhei hoje rodeada de 548122154 miúdos dentro de um auditório [mesmo para o bichinho ficar ali a moer] pela manhã e outros tantos pela tarde, nunca mais apanho.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Carta XXI

Um pequeno contributo sobre o Amor…

Se falar de amor é uma tarefa difícil, então escrever sobre amor é uma ilusória pretensão…
Não se pretende fazer uma revisão da literatura sobre o tema, nem discutir teses ou opiniões, apenas que estas linhas surjam como se pensa que o amor deve fluir: livremente.
Se se fala de amor desde que se fala de vida e se se fala de vida desde que se fala de morte, então fala-se de amor desde que se fala de morte. Este poderia ser perfeitamente um dos silogismos de Aristóteles e Platão. Mas, tal como os que são vulgarmente conhecidos através da lógica de Aristóteles, também este é digno de refutação…
Falar de amor significou, no passado, falar de morte, de desgosto e de sofrimento. Lembremos a literatura clássica, o romance de Romeu e Julieta ou a poesia de Bocage.
Platão, Aristóteles, Kant, associavam o amor à perda, à ausência; Shakespeare, à separação, ao desespero; Bocage, ao desprezo, à solidão. Para Camões, era “um fogo que arde sem se ver”; para Florbela Espanca era “alma, sangue e vida”; Para Ricardo Reis era “toque, carne”…
O amor está nas páginas dos livros, nas letras das músicas, nas imagens da publicidade, está em todo o lado, depende apenas do prisma através do qual o vemos.
Eduardo Sá, fiel descritor da realidade dos nossos dias, apresenta-nos seis amores, defendendo o sexto como sendo o especial, o único. Pessoalmente, concordo.
Penso que se se analisar a realidade actual, encontramos um retrato fidedigno do que é o amor, sem adereços, sem falsos moralismos, afinal já lá vai o tempo dos amores prometidos à nascença.
O amor existe. Sem a menor sombra de dúvida.
Existe nos momentos em que se sonha acordado, com a realidade que se quer construir, um dia.
Existe na mão invisível do pintor que borra o céu em tons de rosa, enquanto os condutores na sua azáfama, nem se apercebem do cair da noite.
Existe na delícia de um gelado que se saboreia em pleno Inverno.
Existe nas horas em que, incógnitos, passamos horas em frente à montra da loja de artigos para bebé.
Existe naquela letra de música que gritamos a plenos pulmões, na certeza de ter sido escrita para nós.
Existe em todas as promessas, feitas em silêncio.
Existe no toque firme da paixão.
Existe no olhar do homem que venera o sono da sua mulher, na esperança de vislumbrar uma curva, quente, da sua silhueta.
Existe, nas lágrimas que correm, à chegada e à partida.
Existe no animal que dorme, tranquilo ao nosso colo, confiando na mão que o acaricia.
Existe nas plantas que germinam, fruto da paciência e da dedicação.
Existe na lembrança, na saudade.
Existe nas cores, nos sons e nos cheiros que provocam sorrisos pela recordação de quem se ama.
Existe na coragem necessária para afastar o objecto do nosso amor, empurrando-o na luta pelos seus sonhos.
Existe na força com que se escolhem as melhores palavras para esconder o desespero que a ausência provoca.
Existe na loucura de dizer “adeus”, quando se quer dizer “fica”.
Existe na insanidade de confiar no outro, como em nós mesmos.
Existe na entrega total, de saltar sem rede, começando tudo de novo, infinitas vezes.
Existe na febre com que se diz “para sempre”, na consciência das dificuldades do amanhã.
Existe na mão do homem, que toca firme, na barriga da mulher onde cresce a esperança.
O amor existe.
É vida.
É onde tudo começa, onde nada termina.
Casámos, meu amor, porque te sinto em mim.
_________________________
Obrigada pela contribuição, Cor-de-Rosa.=)
E continuem a contribuir com as vossas cartas cheias de sentimento.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Oh God, make me good...*

É muito bom lembrarmo-nos do amor, ou dos amores. Mesmo quando não foram aquilo que sonhámos. Mesmo quando foi por um triz que não o tivemos ou que fomos felizes para sempre. O "triz" dá cabo da nossa fé. O "triz" vai repetir-se pela vida fora e nós vamos cair na tentação de achar que foi quase, que é quase, que está quase para ser qualquer coisa. E depois não é.
in O sexo e a Cidália. NM


[*...but not yet, como diria a Cidália. right now, como diria eu.]

domingo, 1 de novembro de 2009

Da deprimência.

Eram 19.30 e eu já estava com o pijama vestido. E ainda falta muito para começar os Ídolos? A minha vida é tão boooooring.