Adoro ler os textos que escrevia quando estava em Barcelona. Acho que tinha uma capacidade enooorme de passar tudo o que pensava para o papel - neste caso para o blogue. Gostava de voltar a ser assim. E de voltar a Barcelona. E morar lá mais um ror de tempo. Ou para sempre.
Eu acho – a minha humilde opinião – que os gajos gostam de ver uma gaja boazona a passar, sim, olhar um bom rabo e umas boas mamas, mas depois ficam a pensar que nunca na vida iriam ter uma namorada daquelas porque ia ser sempre a mais olhada, a mais cobiçada. O que os homens querem é uma namorada que os entenda, que veja uma partida de futebol com eles, que saiba falar de tudo e mais alguma coisa, que saiba discutir, que tenha ideias próprias e que não ande aqui por ver andar os outros. Eles não se importam se andamos demasiado vestidas, se dormimos cheias de meias e com muitas camisolas, se não combinamos a lingerie, se gostamos mais de sapatilhas que salto do que alto. Eu nunca vou ser o que os gajos chamam de gaja boa. Não tenho umas mamas boas, não sou alta, raramente me maquilho e ponho roupa sexy, ando sempre com um soutien de uma cor e umas cuecas de outra, não faço dietas, uso poucos cremes, o meu cabelo anda sempre despenteado e dão-me sempre menos 5 anos do que eu realmente tenho (ok, é verdade que ainda tenho cara de adolescente ou assim qualquer coisa!). Eu sou mais do estilo querida, as pessoas gostam da minha cara fofa, das minhas bochechinhas para apertar, etc. etc. Não que seja um careto, nada disso, mas não sou uma femme fatale. Sou bonitinha, pronto! E sempre achei que a gaja que mais se aproximava da perfeição, para mim, era eu própria. Eu sei que a minha auto-estima está lá no alto mas também sempre fiz por isso. Nunca me desvalorizei perante alguém, nunca pensei “aquela é mais bonita que eu” ou “nunca vou ser como ela mas queria” porque simplesmente isso não me ia levar a lado nenhum. E se não começamos por gostar de nós, nunca ninguém o fará. E no fundo o que todos queremos não é ter ao nosso lado uma pessoa com um corpo de parar o trânsito. Queremos alguém com um sorriso, uma palavra, um beijo e um abraço que faça parar, simplesmente, o nosso mundo.