Lembrei-me que um dia emprestei o meu Principezinho a alguém e que esse alguém nunca mo devolveu. Não sei quem é mas deve ser uma pessoa má porque tinha uma dedicatória fofinha dos meus primos com a data de trinta e um de janeiro de mil novecentos e noventa e nove. Qualquer pessoa olha para aquilo e sabe que é meu, não percebo. Vai daí, decidi há uns tempos fazer uma colecção de Principezinhos em várias línguas. A minha irmã juntou-se e já temos em espanhol, em italiano, em inglês e em francês e estamos à espera de uma encomenda especial de Macau. Mas o meu sonho é recuperar o português. Aquele que era é só meu.