Ás vezes, muitas vezes, sou uma miúda, uma adolescente inconsequente. Eu já não devia fazer certas e determinadas coisas, já devia saber o que quero para a vida, já devia ter uma casa e maridos e filhos, já devia pagar contas, stressar por não ter tempo para as crianças, para o marido, para o trabalho. Mas não. Eu continuo só e apenas a divertir-me, assim, como se o mundo fosse acabar amanhã e eu-quero-lá-saber-portanto-faço-o-que-eu-quero. Mas há amanhã. E depois de amanhã e semana seguinte e mês seguinte e eu continuo na mesma. Se calhar não sei mudar. Ou não me apetece. Ou sou só eu a ser parva e a pensar só em mim. E depois magoo as pessoas. E o que eu mais odeio é não conseguir fazer as minhas pessoas todas felizes ao mesmo tempo.