Ontem parti um dente a comer um pedaço de bolo. E não, o bolo não tinha quinze dias nem nada que o valha. Era só bom e fresquinho.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
i need sleep for a while.
- O que é isso de andar com a tristeza na alma?
- Não sei. São palavras que os adultos usam. Mas deve ser quando, dentro de nós, se apagam os sorrisos, quando o nosso pensamento fica cinzento, quando choramos por dentro, quando as dificuldades são maiores que nós.
sábado, 22 de setembro de 2012
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
a diferença entre o literal e o metafórico.
Hoje foi um dia triste. Daqueles dias em que saímos de casa de calções e sandálias e esperamos um sol abrasador, e, afinal, começa a chover.
Carta XCV
Meu estimado
amor,
Não sei
escrever-vos. Não sou sequer suficientemente hábil para vos prender às minhas palavras,
confesso, mas basta-me ser naturalmente capaz de vos prender e sentir no meu
coração. Não pretendo de todo
prestar-vos qualquer tipo de vassalagem desnecessária. A verdade é que desde
que a minha pequena alma se deixou perturbar pela grandiosidade da vossa, o meu
chá das índias começou a esfriar mais cedo enquanto os meus olhos deambulavam
janela fora à procura de um sinal que me levasse a vós. Confesso-vos, neste
manuscrito que perpetuará no tempo, a impossibilidade de esquecer o vosso gesto
no baile vienense. A minha mão delgada ainda hoje cora e treme ao sentir o
toque vagaroso, quase sublime, dos vossos delicados lábios a pousarem sobre ela.
Lembro-me frequentemente da cortesia usada para me abordar nesse dia, nessa
noite, e do vosso semblante sério de quem não vende a alma nem as terras que
vos pertencem e que são intimamente vossas. (Pudesse eu, um dia, ser merecedora
de tamanho império!) Pudesse a minha alma ser transparente como as águas que
envolvem a minha pequena corte e me distraem agora. Pudesse eu trajar os
vestidos com os melhores lilases de todo o mundo, ainda que rotos, para vos
acompanhar condignamente pelas ruas e acenar às gentes. Tivesse eu a capacidade
de sorrir-vos diariamente, sem errar, como ousa sorrir-me o Renoir que vagueia sempre pela minha
sala, que a minha força renovar-se-ia. Gozasse eu dos mais belos potros e
arrumaria um senhor que me levasse até vós, pelos trilhos mais árduos e mais
longos, se necessário, para beber do vosso respeitoso aperto. Enlaçar-me-ia a
vós, por deus e por quem suplicais!, e não haveria no mundo inteiro quem
arriscasse despegar-nos. Garanto-vos com toda a minha humilde e certa firmeza
que não. (…)
A minha coragem, leia-se coração,
depende da vossa. A minha coragem quase morre, como morrem os guerreiros nos
bravios, se não vos vir. A minha coragem, repito, quase perde o sangue, e a
cor, se não vos puder amar desesperadamente até ao fim dos impérios. A minha
coragem, a maior das minhas coragens, vislumbra a distância que nos demarca na
velha carta geográfica e tende a murchar desalmadamente como aconteceu aos cheirosos
adornos que ordenastes pôr na minha jarra antes que partísseis.
Digo-vos: não fosse a poesia que me
trouxestes das espanhas a sustentar a
leveza do meu corpo, e do meu ser, e já não me encontraria entre os vivos. É
ela, a par das árvores, que me mantém acesa. Desculpai-me a insignificante
comparação mas as àrvores são verdes, e são verdes o ano todo. Estas árvores,
as que me acalentam a alma, são árvores de folha perene, que nunca caem, que
nunca querem cair, que nunca se deixam cair. E, perdoai-me a insistência, a
ideia de tenacidade e perpetuidade destes seres remetem-me para caminhos mais
longos que me levam até vós.
Não sei quanto tempo mais resistirei
aos encantos que a vossa alma, superlativa absoluta e sintética, faz brotar em
mim. E a ignorância neste caso, confesso-vos, tem-se revelado a melhor das
minhas virtudes. Prometo-vos que, um dia que o Sol se faça brilhar em Londres,
farei parar os ponteiros do relógio que rege todos os relógios e não haverá
mais tempo que não este, o nosso, desta precisa forma. Acreditai em mim, se
quiserdes, que não haverá leis ou meridianos que impeçam este acto de
bem-querer para com a vossa alma. Porque no final, e acima de qualquer outra
coisa, é só isto: eu quero-vos (nos) bem. Imensamente bem.
Da sempre vossa,
Mary
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
aceitam-se sugestões de lugares fofinhos.
Para bem da minha saúde física, mental, social, psicológica, emocional - ok, para bem das minhas saúdes todas - acho que preciso de emigrar.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
but i'm totally fine with that.
Ás vezes, quase sempre, é nas pequeninas coisas que descobrimos a falta que (não) fazemos aos outros.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
O Pedro.
Vocês não conhecem o Pedro mas é um dos miúdos que eu mais adoro no mundo. Quase me parte as costelas quando me abraça ou o maxilar quando me dá beijos mas diz sempre que teve saudades minhas, escreve-me cartas de amor e o entusiasmo dele quando me vê todos os dias é o mesmo do que se não me visse há um ano. Ás vezes é mimalho e arma-se e espertalhão. Mas vem sempre pedir desculpas e chama-me querida e amor e diz sempre que eu estou linda. E é um excelente cozinheiro e adora a irmã de morte, ama os Morangos com Açúcar e sabe em que série entrou este e aquele, é viciado em música e dança e passa o ano todo a pensar no seu aniversário na piscina em casa dele com os amiguinhos todos. Sim, o Pedro tem Síndrome de Down e é uma das pessoas mais queridas que eu conheço. E lembrei-me muito dele quando vi este site cheiinho de amor do puro e do bom e de fotos lindas de morrer. Porque ainda bem que há outros Pedros no mundo que não deixam que um cromossoma a mais os impeça de serem totalmente e irremediavelmente felizes.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
PÁRA TUDO.
O meu pai tem uma página no facebook.
[digeriram?]
Então o que é que eu devo fazer?
a) bloquear todo o tipo de fotos/estados/comentários que, de alguma forma, me poderão comprometer.
b) apagar todo o tipo de fotos/estados/comentários que, de alguma forma, me poderão comprometer, não vá o diabo tecê-las e a opção anterior falhar.
c) bloquear? apagar? para quê? o meu pai imagina a peça que tem em casa e esta só será uma maneira simpática e fofinha e sem discussões e perguntas de descobrir que afinal sim, é verdade tudo aquilo que ele pensa sobre mim.
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
o verão ainda não chegou para mim.
Verão só é verão quando visitamos uma feira medieval e/ou uma feira de artesanato.
domingo, 2 de setembro de 2012
O Porto, outra vez.
Há qualquer coisa nesta cidade que me fascina e que me faz levantar os pelinhos todos do corpo. É amor. Daqueles grandes, que só apetece viver para sempre. Um dia mudo de vida e vou para lá viver. Para sentir todos os dias o friozinho na barriga que senti ontem quando respirei aquele ar.
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