quarta-feira, 4 de julho de 2012

Carta XCII


Eu bem disse que acabarias por bater com a cabeça numa parede qualquer... Eu avisei-te... Nada mais te posso dizer, a não ser para parares com essas mensagens tristes e humilhantes que me tens enviado...

Eu disse-te que não valia a pena tentares voltar atrás, a tua decisão estava tomada e quando quisesses voltar seria tarde demais: Não ouviste essa parte?
Pois, mas eu fui bem explícito... E não é o querer uma princesa dos contos de fadas na minha vida, sei que é uma mera ilusão...
Só preciso de alguém fiel, amigo, verdadeiro...Que saiba dar e receber na mesma quantidade...Tu não foste assim, tu não és assim e agora tentas manipular-me com as tuas mensagens para ver se o meu psicológico é atingido? Ficas desde já a saber que não, não me afecta...Continua a cometer os erros que sempre cometeste, pode ser que um deles te sirva de lição... Não procures noutro aquilo que eu sou e deitaste fora!
Já te disse que igual a mim não há? Parecido, talvez...
Que poderia eu ter dado mais? Nem faço a mínima ideia...
Que poderia eu ter feito mais? O impossível...
Mas como já disse e repito...Sou feito de carne e osso, tenho um coração...Aquele que em tempos partiste em mil pedaços mas que não partirás mais! Não sabes viver com isso? Também não soube viver com muita coisa, mas aprendi...

...por Martim.

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