O que mata um amor é o futuro. É pensar que é aquela, só aquela, pessoa que encaixa perfeitamente nos nossos sonhos. Imaginamos a nossa casa, os nosso amigos todos a jantar connosco, os nossos filhos, as nossa almofadas sempre juntas, o perfume ao adormecer, o beijo de bom dia, o abraço que diz vai correr tudo bem quando está a correr tudo mal, os sorrisos que esperamos quando abrimos a porta de casa depois de um dia de merda. E chega ao dia em que nos matam este sonho, este futuro, este amor que seria para sempre. Chega o dia em que temos de construir tudo de novo, pensar na nossa vida de outra forma, fazer novos projectos, e encontrar outras pessoas - e há tantas! - outros sorrisos, outros sítios, para preencher o vazio que sentimos.
E conseguimos. Todos conseguimos sarar as feridas do coração e fechá-las em caixinhas para deixá-las ganhar pó no fundo do sótão. Todos conseguimos, um dia, passado uma semana, um mês ou um ano ou dois. Porque todos nós merecemos muito mais do que pessoas que nos matam os nossos sonhos, o nosso futuro e o nosso amor.
6 comentários:
acho que concordo!
eu não sei se sabes, mas este texto está lindo: seco e verdadeiro.
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Uau, lindo texto! Espero mesmo que todos nós consigamos seguir em frente... :)
Gosto! parabéns pelo blog.. e obrigado por estas linhas de sentimento! ;)
posso usar? (com direitos de autor, claro)
Oh pah, que verdade, verdadinha... :) Beijinhos
E nestas linhas disseste tudo.
Adorei. E sinceramente acho que tem de ser mesmo assim. Aprendermos a colocar-nos acima de qualquer outra pessoa. Só assim recuperamos a nossa essência e a capacidade de tornar a ver que existem outros sorrisos e outros braços dispostos a abraçar-nos...
Um beijo gandi
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