Dizem que a nossa casa não é um edifício, são pessoas. Concordo mas acho que, interiormente, construímos uma casa para cada pessoa que está na nossa vida. Eu, por exemplo, já construí castelos bonitos com bandeiras a apregoar o amor. Mas fui estúpida ao ponto de acreditar que descendemos todos do D. Afonso Henriques e que nada, nem ninguém, entraria na nossa fortaleza. Então deixei-me de castelos e passei a construir casas mais pequeninas, com mais ou menos quartos, dependendo do tamanho dos nossos sonhos. São casas seguras, onde me sinto bem, onde sonho alto. São construídas com os melhores alicerces do mundo: amor e cumplicidade. E contigo talvez tenha construído uma casa na árvore. É fofa, não é? Não é muito segura mas é o que somos. Pelo menos no verão podemos contemplar a lua e pedir desejos às estrelas. Não os mesmos, nunca os mesmos porque somos diferentes e sonhamos diferente. E juro-te - que enquanto não vier o inverno, enquanto não vierem os ventos e não a levantarem e levarem para outro sítio, para outros sonhos, para outras pessoas - a nossa casa será o sítio mais seguro do mundo.
quinta-feira, 15 de março de 2012
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Adorei! :)
Texto lindo, metáfora perfeita!!
Enviar um comentário