sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Barcelona inspirava-me ou como eu já fui - e se calhar continuo a ser - uma gaja convencida.

Adoro ler os textos que escrevia quando estava em Barcelona. Acho que tinha uma capacidade enooorme de passar tudo o que pensava para o papel - neste caso para o blogue. Gostava de voltar a ser assim. E de voltar a Barcelona. E morar lá mais um ror de tempo. Ou para sempre.


Eu acho – a minha humilde opinião – que os gajos gostam de ver uma gaja boazona a passar, sim, olhar um bom rabo e umas boas mamas, mas depois ficam a pensar que nunca na vida iriam ter uma namorada daquelas porque ia ser sempre a mais olhada, a mais cobiçada. O que os homens querem é uma namorada que os entenda, que veja uma partida de futebol com eles, que saiba falar de tudo e mais alguma coisa, que saiba discutir, que tenha ideias próprias e que não ande aqui por ver andar os outros. Eles não se importam se andamos demasiado vestidas, se dormimos cheias de meias e com muitas camisolas, se não combinamos a lingerie, se gostamos mais de sapatilhas que salto do que alto. Eu nunca vou ser o que os gajos chamam de gaja boa. Não tenho umas mamas boas, não sou alta, raramente me maquilho e ponho roupa sexy, ando sempre com um soutien de uma cor e umas cuecas de outra, não faço dietas, uso poucos cremes, o meu cabelo anda sempre despenteado e dão-me sempre menos 5 anos do que eu realmente tenho (ok, é verdade que ainda tenho cara de adolescente ou assim qualquer coisa!). Eu sou mais do estilo querida, as pessoas gostam da minha cara fofa, das minhas bochechinhas para apertar, etc. etc. Não que seja um careto, nada disso, mas não sou uma femme fatale. Sou bonitinha, pronto! E sempre achei que a gaja que mais se aproximava da perfeição, para mim, era eu própria. Eu sei que a minha auto-estima está lá no alto mas também sempre fiz por isso. Nunca me desvalorizei perante alguém, nunca pensei “aquela é mais bonita que eu” ou “nunca vou ser como ela mas queria” porque simplesmente isso não me ia levar a lado nenhum. E se não começamos por gostar de nós, nunca ninguém o fará. E no fundo o que todos queremos não é ter ao nosso lado uma pessoa com um corpo de parar o trânsito. Queremos alguém com um sorriso, uma palavra, um beijo e um abraço que faça parar, simplesmente, o nosso mundo.


7 comentários:

Life is what it is disse...

Esta ultima pessoa que andei era o contrario do que dizes. Por ele adorava ter uma top model ou uma gaja toda boa para que os outros olhassem e ele ficasse todo orgulhosa da gaja que o escolheu.
Quando ouvi aquilo fiquei em choque... tamanha estupidez so podia vir de uma cabeça sem maturidade nenhuma.
Mas pronto cada qual com a sua mania.
Adorei a ultima frase "Queremos alguém com um sorriso, uma palavra, um beijo e um abraço que faça parar, simplesmente, o nosso mundo." beijinhos

Andreia disse...

Simplesmente brilhante ;)

Beijinhos

MC- Maria Capaz disse...

Gostei muito do post, só queria conseguir pensar como tu em relção à parte de nos valorizarmos mais .

Anónimo disse...

Olha eu joje já estive perto de me despedir, por isso é melhor não dares muitas ideias.
senao ainda te convido para embarcarmos já hoje :)

Martim disse...

Espectacular!

Janny disse...

amei! Também nunca vou ser uma mulher de fazer parar o transito, mas não sou feia (pelo menos não acho que seja) e, como tal, este teu texto até me levantou a moral (:

Eu Mesma! disse...

Sim... alguém mesmo que faça o nosso mundo andar em câmara lenta...

mas... eles tb o querem mas... acho que a imagem exterior da cara laroca e as mamas boas é ... a fachada masculina a existir sempre :)