quinta-feira, 29 de julho de 2010

Carta XLVII

Tanto tempo já passou... Ou será que não? Para mim pareceu uma eternidade desde a última vez que estive agarrado a ti, que partilhei contigo momentos, sonhos e alegrias.
Será que 1 ano e 7 meses é assim tanto? Ou é sou só eu que acho?
Será que me agora me parece que passou tão depressa quando antes me parecia passar tão devagar?
Tanto que mudou, tanto que aconteceu e hoje há dias que ainda te sinto tanto em mim, para não dizer que estás quase sempre.
Lembro-te de ti, do teu sorriso, do teu jeito, do teu carinho, da forma como para mim olhavas e da forma como me tratavas.
Ficaste gravada no meu coração, quando me deixaste marcaste a ferros a tua presença.
Tanta dor que senti e ainda hoje ao lembrar-me sinto algum desconforto.
Nunca mais vi em ninguém o que em ti vi, nunca mais senti por ninguém o que por ti senti.
Ainda namoras, o mesmo namorado que arranjaste logo depois de me teres deixado, talvez este seja o tal para ti, fico feliz se assim for, pois acho que apesar de tudo, mereces ser feliz e ele também.
Muitas noites, ao deitar, desejo-te tudo de bom, que estejas descansada e que sejas sempre muito feliz.
Ontem ouvi a música do Rod Stewart que ouvi no dia 1 de Junho de 2008 agarrado a ti, essa música nunca mais me irá ser indiferente passe o tempo que passar.
Quando estou mais cansado é quando sinto mais a tua falta e em ti penso.
Quando chega o Verão e quero passear e não há ninguém, é de ti que me lembro, quando vou passear sozinho és muitas vezes a minha companheira em pensamento, pois tenho saudades da cumplicidade que entre nós existia.
Já te deixei de falar, já voltei a falar contigo. Precisei de tempo para aceitar o que aconteceu, para te poder olhar de frente sem me arrancares um pedaço.
Hoje não sou o mesmo que era no dia em que te foste, hoje tu não és a mesma.
Mas o coração não sabe esquecer a imagem que é deixada em si e por isso ainda te vejo tantas vezes na minha cabeça como aquela menina que eu adorava.
Foste especial, e ainda os és, mas não o podes saber, nem o queres saber.
Por isso hoje ao fim deste tempo todo, ainda posso dizer que te sinto em mim.


Por Diogo Silva

9 comentários:

Sofia disse...

Uau... está linda, e muito, muito triste. Percebe-se tão bem quem já passou por essa dor... dói tanto, muda-nos para sempre. Mas um dia passa... ou pelo menos aprende-se a viver com isso.

Sofia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Diogo disse...

Obrigado

Catarina Duarte disse...

Sinto que daqui a algum tempo uma carta destas poderia perfeitamente ser endereçada a mim... Achas que com a devida identificação e link aqui do blog, um dia a poderei postar no meu?

Beijos

agonia disse...

conheco tao bem essa sensacao de nao podermos deixar o outro ver-nos com medo que arranque um bocado de nós.. mais um :(

Lua Escondida* disse...

Catarina, acho que não deve haver qualquer problema :)

Diogo disse...

Por mim estás à vontade para a publicar no teu também =)

Tenho pena que alguém se sinta também assim, pois não uma sensação que deseje a alguém, gosto é de ver as pessoas felizes com a pessoa que amam ao seu lado.

E é sempre bem difícil sim quando vemos a outra pessoa e parece que nos arrancam um belo pedaço...

Diogo disse...

Por mim estás a vontade para utilizares o texto =)

Tenho é pena que haja mais gente a sentir isto, pois o que eu gostava era que todos fossem felizes e estivessem juntos com a pessoa que amam, mas vive-se com o se pode, e só resta tirar partido o melhor possível das situações.

Sim é muito difícil quando vemos a outra pessoa e parece que nos tiram um bocado e apertam a ferida, doloroso, mas enfim...

Sentimento de Mim disse...

Nota-se que tens bom coração, Diogo. Assim pensassem todas as pessoas quando são abandonadas. Persegue a felicidade, vais encontrá-la porque o mundo gira todos os dias.