quinta-feira, 3 de junho de 2010

um dia deixo de remar.*

Não sei mas sinto-me num barquinho no meio do mar. Está tempestade e da forte e não está lá ninguém para me salvar. Já ninguém está no meu barco mas eu continuo a acreditar. Sou burra. Continuo a acreditar que o meu esforço faz a diferença e remo e remo e remo. E continuo a acreditar que alguém vindo do céu vai cair no meu barco e remar comigo. E continuo a ser burra porque eu sei que ninguém me vai salvar e eu é que vou desistir e acabar por me afundar. Já não há heróis. Ou vou sair do barco, deixar-me levar pela corrente e nadar até à margem. E alguém - quero acreditar que há sempre alguém - há-de estar à minha espera em (e vai ser o meu) porto seguro.


*e adivinhem quando foi o dia.