sábado, 18 de julho de 2009

Fish person.

Sabem aquelas pessoas que dizem “ah, eu sou uma cat person” ou “eu sou uma dog person”? Pois isto não se aplica a mim, nem uma nem outra. Não é que eu não goste dos animaizinhos (e mesmo que não gostasse ia dizer que sim porque ainda vem praí toda a gente cair em cima de mim e ia dar barulho) mas, se calhar, nunca tive assim um bichinho para me apegar. Aliás, minto. Tive uma cadela, sim, a Puf – onde estávamos com a cabeça para lhe dar tal nome – mas na primeira semana que teve em casa roeu a mesa da sala e assinou ali a sua sentença: casa da minha avó (que na realidade mais parece um abrigo de animais com o número assustador de bichos que lá moram). Este episodio foi há mais de 10 anos e a Puf ainda é viva e bem tratada. Imaginem que a minha avó trata-a como se fosse filha, fala com ela quando tem de sair, diz-lhe “eu venho já, vou ao senhor doutor, porta-te” e, tenho para mim, que a Puf está incluída no testamento!
Adiante. Eu acho que sou mais uma fish person. Os peixinhos são tão amorosos e não dão trabalhinho nenhum, a não seu dar de comer e limpar a casa. Mas até aqui tenho as minhas dúvidas se sou ou não este tipo de pessoa. E porquê? Porque eu tive um peixinho, o Tobias Wrestling, que me morreu passado 15 dias de ser meu animal de estimação. Eu penso que foram saudades minhas porque tive de me ausentar uma semana e quando cheguei estava ele a boiar já cadáver, ou então alguém em minha casa esqueceu-se de lhe dar de comer, ou então foi a água que devia ter sido mudada, ou então, como dizia um amigo meu, morreu de congestão porque lhe dei comida e deixei-o ficar na água! Sei que foi uma tragédia. O que é certo é que já não era a primeira vez. Antes, há uns valentes anos, tive um periquito que morreu esganado ou enforcado, não sei bem porque não foi autopsiado. Uma desgraça chegar a casa e vê-lo com a cabeça enfiada entre as grades. Eu ainda tenho para mim que ele se suicidou, alguma coisa lhe corria mal na vida e ele preferiu assim.
Assim sendo, e afinal, acho que não sou uma person de nada. Mal tomo conta de mim vou tomar conta dos outros? Eu acho que já dou trabalhinho que chegue a mim própria! =)

E eu sei que depois de lerem isto pensaram o mesmo que eu pensei quando acabei de escrever:
nunca na vida te daria um animal para as mãos!

7 comentários:

Ana disse...

É uma questão de hábito. Eu, há uns três amos era uma pessoa que apavorava-me com cães,passava para o outro lado da rua e tudo!
Depois ofereceram-me a minha cadela e apaixonei-me completamente!
Beijo

Ninja! disse...

Hehe, já tive uns poucos, isso é hábito... O peixito arrisco que tenha sido falta de comida, é o mais certo. Compra uma tartaruga, hehe!

Nokas* disse...

Meu amor revi-me no teu texto =)
Confesso que em minha casa só entraram peixinhos e nada mais. A minha mae sempre disse q nao queria animais em casa, e cães eu dispenso-os. O mesmo nao se diz em relação aos gatos, quando era mais novinha eu cismava q queria um gato, ainda apareceu um nas redondezas da minha casa a quem dava comida mas depois ele desapareceu. E isso já foi há anos. Mas pensando bem eu nao sei se queria agora ter um cá em casa, apesar de gostar muito de gatos. E afinal de contas acho q nao sou uma "person de nada" como tu bem dizes.
E quanto aos meus peixinhos fica para a historia um que durou uns bons 2 anos, nas ferias até saltou d aquario fora mas a minha avo ainda foi a tempo de o restituir à agua =)
Mas ultimamente nao ando com muita sorte nos peixinhos, nao duram mais q duas semanas, no maximo um mês.
=(

Vera disse...

Suas assassinas! =) 'Tive um peixe 9 anos e este já está cá há uns bons 3 anos... Ai ai ai! E sim, os peixes morrem por comer de mais...

*

Maria Rita disse...

A Puff (com 2 efes é muito mais sui generis XD) está de boa saúde, sim, mas esqueceste-te de refeir a Tucha, que também faz parte do testamento.

Quanto ao Tobias Wrestling acho que foi xcesso de comida, devias ter medo q o coitado morresse a fome e empanturrava-lo de comida. Uma coisa a reter: o estomago dos peixes é pequeno.

O que é facto é que no Natal me deste o Baltasar e a Blimunda e esqueceste de perguntar ao dono da loja se as duas espécies diferentes se iam dar bem na água o que resultou na morte da coitada(não sei pq, mas as tragedias estão sempre nas mulheres). O Baltasar resiste a tudo; acho herdaste da mãe o jeito (ou a falta dele) pos animais! Não é que ela ia dar comidinha e despejou o frasco todo na água? E ninguém me disse nada! O pobre resistiu a semanas sem comida. Mas agora já tenho mais cuidado com ele e as refeições são todas dadas por mim =))

Lua Escondida* disse...

Ana: Pois, se calhar é isso, hábito!

Ninja!: Hummm, as tartarugas também não dão muito trabalho, é certo! Mas desde que nao seja ninja!=)

Nokas: Eu, não sei porque, tenho um bocado de medo de gatos! Eles podem ser muitos carinhosos e tudo mas eu acho sempre que de um momento para o outro nos vão atacar! Coitados!

Vera: 9anos???Isso é um record digno de guiness! Nunca ouvi semelhante! Ou então tu és mesmo muito bos nisso dos bichos!

Frida: O frasco todo??? Credooo!!!Tens de me contar isso melhor!=)

:) disse...

"Tobias Wrestling" é bom. Lol.
Credo, estás cada vez mais parecida com uma pessoa que conheci... :S

Os animais, a maneira como os tratamos, só tendo-os por algum tempo é que nos acostumamos a eles e eles a nós. Essa maneira terna da tua avó tratar a Puf é própria de quem gosta de animais. Só vivendo com eles, como disse, é que se entende isso.