sábado, 31 de outubro de 2009

Coisas que sabemos/percebemos/descobrimos quando vamos fazer uma prova muito estúpida da Segurança Social.

Soube que uma mulherzinha teve um bebé há dez meses e que está quase a fazer um ano. A sério? Podia ter dito que daqui a dois meses fazia um ano para ficarmos mais esclarecidos porque ninguém sabe que um ano tem doze meses. Apercebi-me também que o que não faltam é gajas neste mundo, particularmente neste nosso Portugel, com o meu nome. E há gajas novinhas que não fazem o buço, preferem andar a mostrá-lo assim muiiito escurinho. E é só pessoal conhecido (que não nos liga muito, vá!). Também consegui perceber que os senhores da Segurança Social gostam muito de tramar as pessoas. Ninguém faz provas de 90 minutos com 60 perguntas de quase uma página cada uma. Os senhores da Segurança Social fazem. E mandam-nos para faculdades que são labirintos. E não se decidem sobre o que é "o número do candidato". E fazem as pessoas estudarem montes e montes e montes de legislação durante uma semana inteira. E eu odeio-os.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mundo ao contrário.

Lembro-me que no início de Setembro disse a alguém (só não me lembro a quem foi) que este ano estava a ser O ano, o melhor de sempre, muito melhor que 2008 - e acreditem que 2008 foi um ano muito bom. Pois que hoje sei que devia era ter estado caladinha porque essas coisas das más energias ninguém acredita nelas mas que as há, há. Então, até Setembro foi, sem dúvida, um grande ano, daí para a frente, tenho sérias dúvidas. E esta semana tive a certeza: já estou farta de estar em casa e só me apetece pegar nas resmas-de-papel-cheiinhas-de-legislação-que-tenho-de-ler-até-amanhã e atirá-las pela janela. Além disso, quando ontem decidi ir dar uma volta para aliviar a cabeça reparei que não tinha posto pulseiras (isto nunca falha, meus caros), nem relógio, nem coisas afins. Estou desleixada e quero lá saber. E também estou doente. E a semana passou a velocidade caracol. E amanhã tenho de ir para o Porto e fazer 60 perguntas em 90 minutos. E ainda tenho de ter tempo para os amigos e para assuntos importantes. E uma festa de Halloween que, quase de certeza, vou dispensar. E é isto. Uma seca, portanto. E o que eu quero para ficar melhor? Trabalho. Ou então, Agosto.
[Desculpem lá o post chato e deprimente mas não vos obrigo a ler! Podem passar à frente que eu deixo!]

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Are you happy?

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Carta XX

Apagar-te da minha vida? Não, obrigada!!!
Hoje um amigo disse-me: “ tu ainda falas tanto dele…”
Não me deu novidade nenhuma. Se ainda sinto tanto de ti é normal que por vezes fale de ti. Muitas vezes acontece sem eu mesma dar conta, e lá começo eu a relembrar, a recapitular e reviver o que tu mais gostavas e o que menos gostavas em mim.
Falo de ti e escrevo para ti, porque sei que terei sempre algo para te dizer, porque simplesmente não consigo apagar-te da minha vida. Nem tento.
Sim, porque não penses ou consideres que o facto de “foder” com outra pessoa, possa ser mais uma tentativa de te varrer da minha vida.Depois de ti já me deixei seduzir, já seduzi, talvez até já tenha provocado paixões impossíveis e proibidas, ou talvez eu própria tenha estado muito perto de me apaixonar. Depois de ti já aliciei e me deixei aliciar. Já cativei e fui cativada. E não penses que não gostei, ou que não gosto. Porque gosto e muito.
Não te choques com a palavra “foder”. Já sabes como eu sou. Não vou enrolar-me em hipocrisias e substituir o “foder” pelo típico “fazer amor” ou pelo banal “ir para a cama”, até porque muitas vezes tem sido no carro.
As coisas e os actos são para ser chamadas pelos nomes.
Ah, lembrei-me agora. Também podemos chamar-lhe sexo, mas como diz uma amiga minha, as mulheres nunca tem só sexo. Podem até tentar, podem até acreditar que o conseguem, mas depois com o sexo lá vêm os sentimentos. Podem ser variados, mas não vou alongar-me muito neste assunto, até porque conhecendo-te como conheço não estás minimamente interessado em ouvir os meus supostos sentimentos por outro homem. Vês como somos diferentes? Já eu, tenho curiosidade em saber que género de sentimento nutres pela mulher (ok, hoje não lhe chamo mocinha vulgar) que tu resolveste assumir como tua namorada. Tanto que já te perguntei. Tu não respondes. Dizes que te custa faze-lo, que comigo preferes não falar sobre isso. E eu respeito. Sabes que respeito. Só não consigo é apagar-te assim da minha vida, como se as pessoas fossem giz branco, impressas num quadro preto já gasto.
E tu? Tentas apagar-me da tua vida, ou quando me pediste uma certa distancia já tinhas decidido que seria o tempo a escolher se me apagavas ou não da tua existência?
É a velha história de que o tempo resolve tudo. Também me dizem isso muitas vezes. Esquecem-se é de dizer-me o tempo exacto que demora a resolver.
É essa pessoa com quem dormes e a quem decidiste dar-te, que está encarregue de te ajudar nessa batalha? Foi a ela que encomendaste essa tarefa?
E agora não resisto, lá vem a minha prepotência, e digo-te que a batalha dela talvez seja dura, e a tarefa difícil, senão impossível.
Mas ela não sabe, e lá está ela com a sua prepotência quase que a querer apagar-me da tua vida. Tanta coisa que ela não sabe. Aquelas particularidades, os pequenos detalhes, aquelas coisas que permanecem em nós, que subsistem para além de nós, porque são coisas demasiado grandes para que possam apagar-se.
Ela não sabe. E mesmo que tu lhe contes, vai continuar sem saber, porque ela não sentiu…nem nunca irá sentir aquilo que foi… e que é nosso.
Por Petra.
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Obrigada Petra, pela tua carta.
E obrigada a todos pelas vossas cartas. =)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

E foram felizes para sempre.

Eu já acreditei mais em finais felizes e em principes e cinderelas e histórias e amor. Mas um dia, eu sei, vou ter o meu happy ending com Ele. E Ele anda aí, só temos de nos cruzar e fazer-nos felizes. E depois talvez termos um casamento de sonho como o de sábado, com direito a vestidos de princesa e amigos e familia e sorrisos nos lábios. Porque há momentos mesmo perfeitinhos.


E, caso sejam muito cuscos (e eu aconselho a serem) espreitem as fotos aqui.

sábado, 24 de outubro de 2009

E hoje fica só uma musiquinha porque tenho de me pôr a andar para o casamento.

Porque um dia, quando me casar, quero que se toque esta música. Ou o Fix You. Ou o The Scientist.

(As melhores versões de todos os tempos.)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Guerra fria.

Porque estamos a ser orgulhosos e casmurros e não damos o braço a torcer. Porque o silêncio é a arma mais estúpida que já se viu à face da terra e nós continuamos a usá-la. Eu porque não tenho/quero usar outras armas, aquelas que magoam e muito. E tu...não sei, talvez pelas mesmas razões. E eu acho que devíamos estar no mesmo lado das trincheiras a lutarmos juntos e a tentarmos salvar alguma coisa que eventualmente ainda possa existir. Mas não. Eu estou deste lado, calada. E tu desse, mudo. E eu odeio guerras. E odeio silêncios. E odeio os efeitos directos e colaterais disto. E só resta saber quem será o primeiro a levantar a bandeira branca.
[E eu não quero ganhar isto. Só faz sentido ganharmos os dois.]

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Qual U2, qual quê?

Era por estes meninos, e só por estes meninos, que eu poderia passar não sei quantas horas numa fila, sem dormir e, em casos extremos, sem comer. Porque um dia vou ser (muiiiiito) feliz num concerto deles.









[Concerto em Wembley. Fotos roubada descaradamente do site dos meninos.]
E digam lá se aquelas borboletas todas a voar não são uma coisinha mesmo mesmo querida.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Carta XIX

Ainda te sinto em mim.
E, de repente, sinto-me a sufocar. Preciso de saber, de alguma forma, que estou viva. Ando na noite, sem saber ao certo para onde, mas eu ando. Os meus passos seguem-se, as minhas pernas mexem-se e os meus pés vão pousando um à frente do outro, mas eu sinto que não me mexo, não o suficiente. A verdade, a mais pura das verdades, amor, é que a tua ausência me estala o coração a cada passo que dou. O frio da noite é cortante e eu vou-te deixando um pouco a cada golfada de ar que inspiro.
Às vezes corro. Corro até não sentir as pernas, na esperança de também deixar de te sentir junto de mim. Mas o que eu queria, na verdade, era gritar. Gritar até saíres de dentro de mim. Até apagar a tua ainda existência no meu peito. Gritar sem parar até deixar de te ter na minha pele, até perder o teu cheiro, até deixar de sentir o teu beijo no meu rosto. Gritar, até que o silêncio da noite deixe de me dizer o teu nome. Por isso, às vezes vou ao pé do mar. Ele ouve enquanto grito em silêncio toda a saudade que tenho de ti, toda a falta que a tua mão me faz. Todo o amparo que perdi. Eu sei que fui eu que te deixei ir, amor, mas, mesmo assim, eu perdi-te. E tu não sabes como é doloroso perder-te. A maior parte do tempo estou paralisada pelo medo. Da solidão, do arrependimento, da culpa que receio sentir. O resto do tempo, lembro-me de nós e tento encaixar tudo de modo a fazer sentido que tenhamos deixado de ser almas gémeas, como eu sabia que éramos. E uma parte ínfima do tempo, ainda quase acredito que os dados vão voltar a jogar a nosso favor. Estás sempre no meu pensamento. Sempre. Sempre. Sempre...
Por katie.
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Obrigada, mais uma vez à Katie que escreve sempre coisas giras que queria ter sido eu a escrever!.=)
E continuem a (não) sentir e a enviar as vossas cartas.

domingo, 18 de outubro de 2009

Ninguém morre de stress mas, caso um dia aconteça, não serei eu, de certeza absoluta.

Deixemos lá as lamechices de fora durante uns tempos (até me dar de novo para isso, vá). Importante, importante é que, com isto tudo, eu descobri que sou tipicamente portuguesa! E porquê? - perguntam vocês e muito bem. E eu respondo: porque parece que tenho um casamento no sábado e não tenho nada para vestir. E calçar. E não sei como vou levar o cabelo. E não tenho acessórios. Aliás, nem sei de que cor vou, logo, não posso sair de casa e comprar pulseiras e coisas assim a torto e a direito (aiii, era o meu sonho, comprar uma loja inteira de pulseiras!). Pois que é isto. Ando numa de me passar um bocadinho comigo própria porque eu não sou assim. Muito bem que sou descontraída e penso "óbvio que vou chegar ao dia e vou ter alguma coisa para vestir, não vou nua de certeza" mas acho que estou extremamente calma quando só faltam 5 dias. (5 dias????) E esta minha calma anda-me a irritar. E agora ajudem-me: quando ando nervosa (nuuuunca mas pronto) tomo um xanax para acalmar, certo? E quando ando muito calma, o que é que tomo, ah?

sábado, 17 de outubro de 2009

Odeio [alguns] gajos.

Eu devo ter bem escrito na testa "gosto de gajos parvos, mentirosos, idiotas e aldrabões". É que só pode. E eles vêm e são uns queridos, perfeitos, toda a gente gosta deles e tuditudi. E depois transformam-se. E, para os outros, continuam a ser queridos e perfeitos enquanto para a mim enganam-me, não me contam a verdade, magoam-me, escolhem sempre a(s) outra(s), não me explicam, não me dizem porquê e preferem sempre que eu descubra. Depois eu descubro e, naquele momento, sei que eles são uns egoístas que só pensam neles e ponho tudo em causa. Tudo que vivi, tudo o que fui para ele. E puff, tudo deixa de fazer sentido.
E é isto. Devo ter feito muito mal a alguém (gajo) noutra vida!
E, felizmente, conheço alguns homens que não são nada assim, senão era gaja de pôr a espécie masculina toda no mesmo saco e odiá-los para todo o sempre.
[E eu preciso tanto de sair daqui. Preciso tanto (voltar a) respirar.]

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A amizade é isto.

Eu gosto muito dos meus amigos. Mas se eles me tivessem feito um video destes antes de eu ir para Barcelona gostava um bocadinho mais.

E ide todos ver o videoclip desta musiquinha. Ide que é uma riqueza.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Help?

Alguém me sabe dizer quem foi a pessoa fantástica que inventou o padrão tigresa nas roupas? Ou melhor, sabem-me dizer quem, num dia que não tinha mais nada para fazer, disse "hummm, o padrão tigresa está na moda!" e pumba, no momento a seguir eram as lojas e lojinhas cheias, a abarrotar, de trapinhos assim? Sabem, sabem? E têm a morada, têm? Mandem, please. E quando ouvirem nas noticias um crime muito feio já sabem, fui eu.
Eu só queria um vestidinho giro, simples. =(

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Carta XVIII

Morreste-me
Recordo vezes sem conta a pessoa que era antes de te conhecer. Conheceste-a, mataste-a e enterraste-a num sítio qualquer que mantens em segredo. Queria saber dela, quando estou mais enfurecida, mais triste, queria saber dela agora, para ela me dizer o que teria feito no meu lugar.
Espantava-me por ela ter um orgulho maior que o mundo e um amor próprio infindável.
Como não a encontro, por a teres escondido, por a teres tornado numa outra pessoa, tenho inveja dela. Ela nunca se teria rendido àquela forma de amar - incondicional. Ela estaria sempre à defesa, alerta, sempre com a experiência do passado a sussurrar-lhe ao ouvido o que se iria passar a seguir. Iria sempre lembrar-se de uma ou outra história lacrimosa para não tropeçar.
Pondo uma ao lado da outra, há traços que felizmente nunca conseguirias apagar. Morreste-me.
Recuso refugiar-me em pessoas, memórias e sentimentos que não existem, recuso-me a separar a razão do coração e recuso-me a trazer do passado fantasmas. Não vou, não quero, nem irei viver com sombras que me perturbem, que me reprimam, que não me deixem acreditar que vou voltar a amar. Não me vou privar de viver o futuro por olhar para o passado.
Perdemo-nos e não sei bem onde. Houve um qualquer momento em que me roubaste todas as palavras. Enquanto as tive pedi-te para me devolveres o meu coração, mas tu negaste. Por descuido, por quereres...partiste-o em mil estilhaços. Nunca os tentes apanhar, porque ninguém quer um coração estilhaçado. Volta-te de costas e vai-te embora, não olhes para trás. E quando já estiveres bem longe, lembra-me com um sorriso e promete a ti mesmo nunca falares de mim a ninguém. Guarda-nos em segredo.
Neste triste fim a que chegámos, guardo uma lágrima vinda do fundo, guardo um sorriso virado para o mundo e um sonho que parecia tão tão certo, mas que me deixou a boca a saber a fel. Guardo um olhar que juro que parecia tão perto...e que me traiu...e me deixou colada ao chão frio...tão frio...
Morreste-me...e não há nada que possas fazer para me(te) trazeres de volta.

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Obrigada, mais uma vez, à Pipoca pelas cartas.
E continuem a enviar que eu continuarei a publicar. Obrigada, meesmo, a toda a gente.=)

domingo, 11 de outubro de 2009

Aviso à navegação.

Se não querem deprimir muito num domingo à noite [ou noutro dia/noite qualquer] não comecem a ver, por favor, a terceira temporada de Clínica Privada. Tanto homem e mulher a chorar. Credo! Ninguém merece.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Desafio!

Ora bem, a Katie desafiou e cá estou eu para cumprir!
O desafio consiste em escolhermos uma banda e, com os titulos das suas músicas, responder a uma série de questões. Ia eu toda lançada para fazer com as musiquinhas liindas dos Coldplay e lembrei-me que maybe fosse giro fazer com as d'Os Azeitonas pelos quais eu também sou bastante apaixonada! E assim fiz! Aqui vai: (Também fiz dos Coldplay, claaarooo. Posto outro dia!)

És homem ou mulher?
Quem és tu, miúda?

Descreve-te:
Nos desenhos animados (nunca acaba mal).

O que é que as pessoas acham de ti?
Ajuda-me a descobrir.

Como é que descreverias o teu último relacionamento amoroso?
Um tanto ao quanto atarantado.

Descreve a tua actual relação com o teu namorado [eu não tenho namorado mas cá vai]:
Sinto-te em mim e Já não te sinto em mim (depende dos dias!).

Onde é que querias estar agora?
Salão América ou Café Hollywood.

O que pensas em relação ao amor?
Falo chinês.

Como é a tua vida?
Rua da Alegria.

O que pedirias se pudesses pedir apenas um desejo?
Anda comigo ver os aviões.

Escreve uma frase sábia:
Por ti tanto.



O que eu queria mesmo era por links nas musiquinhas mas podem sempre sacá-las aqui e aqui.
Gratuito e legal. E não venham dizer que é lamechas e piroso porque´são bem fofis e cutxy cutxys. :)
E quem quiser que leve o desafio, claro está!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Não...

...aos homens confusos. que não sabem o que querem. que nos confundem. que dizem sim e depois não e depois sim outra vez. que não nos entendem. que racionalizam tudo. que dizem não nos conhecer. que desistem na primeira dificuldade. que não lutam. que se acomodam. que não mostram o que realmente sentem. que se fazem de difíceis. que fogem. que não nos ligam. que não dão primeiros passos, nem segundos, nem terceiros. que não se atiram de cabeça. que não arriscam. que preferem não amar. que são teimosos. que não dão o braço a torcer. que não dizem desculpa. que estão longe. que se tornam frios. que não nos sorriem. que não nos perguntam porque estamos tristes. que não percebem que as mulheres são complicadas. que não nos olham nos olhos. que enrolam o que querem dizer. que dizem e depois desdizem. que não nos dão elogios. que preferem a outra. que nos fazem ficar uma noite acordada. e que nos afastam mas não nos querem longe.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Carta XVII

Já não te sinto em mim.
Olho para o céu e tudo o que foste começa a tornar-se num rasto. Eu podia ter-te sorrido, podia ter-te deixado ficar, já eram tantas as vezes em que quase partias, era só mais uma vez agarrar as tuas mãos... mas eu nunca voei contigo. Consumiste-me o tempo que te entreguei em mãos como se fosse teu. A tua sede de te amar, os momentos, os laços cortados com a pressa de uma palavra rasgada ao vento - eu quis ver-me livre de ti assim que me foi possível. E se foram muitas as vezes em que te disse que te amava para sempre, hoje digo-te que o amor não tem de ser eterno, que nós é que nos iludimos, digo-te que há outro sorriso no lugar do teu e que, afinal, eu não precisava de ti... E eu avisei-te tantas vezes. Comparei-te ao eterno mas também o eterno se perde com o tempo, é dura a escolha que fazemos do destino, eu escolhi nunca mais te querer a meu lado - vezes demais a vida me doeu por tua causa... E se, por vezes, me fizeste sorrir e o teu riso ainda ecoa na distância do caminho, foram muitas as vezes em que escondi de ti as lágrimas que desfiava ao luar - eu disse-te que gritava por dentro o tempo todo... quantas vezes? Tu nunca acreditaste... Então eu desisti, como se desiste de um jogo antes de se perder, larguei a tua mão, com o pouco que me restava, e fiz o meu caminho, mesmo sem saber em que esquinas virar - qualquer rua é melhor do que a que corri contigo. E porque já não me és quase nada senão pena, o teu rosto longe de mim como nunca, já não me serves de sol nos dias de chuva nem de abraço nas noites frias... eu já não preciso de ti como sempre pensei que precisava, afinal não eras tudo, o teu nome no meu peito nunca mais - avisei-te tantas vezes... Adeus.
Por Katie.
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Obrigada Katie pelas tuas contribuições. =)
Agredeço a toda a gente que tem enviado cartas fantásticas. Todas serão publicadas.
Continuem a (não) sentir e a escrever. Eu e os leitores agradecemos.
[E desculpem o atraso na publicação. Ontem o temporal também andou por estes lados!]

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Let it be.

Só porque sim. Ou talvez porque hoje me lembrei que foi a primeira música que ouvi quando cheguei a Barcelona para a grande aventura da minha vida, quando ainda estava entre o sonho e a realidade dentro de um táxi à procura da casa onde ia pernoitar, às tantas da noite. E porque, maybe, tenha saudades daquela cidade e daquele tempo e daquela liberdade que não consigo sentir aqui. Mas let it be. *

sábado, 3 de outubro de 2009

ME-DO

Todos nós já recebemos daqueles emails onde nos saiu um prémio ou a lotaria ou onde nos pedem para emprestarmos dinheiro que logo logo eles devolvem ou temos de dar os nossos numeros de telefone, de conta, de isto, daquilo. Todos nós já recebemos emails de países que nunca visitamos e pessoas que nunca vimos, alguns traduzidos com um português tão péssimo que custa-me a crer que essa gente acredite meeeesmo que alguém lhes vá responder. Felizmente, isto dos emails é uma coisa fantástica que detecta este lixo a léguas de distância e vai tudo recambiado para a pasta spam e eu só tenho o trabalhinho de ir lá e apagar tudinho, sem dar grande importância ao assunto. Mas hoje recebi um email cujo remetente se chamava Foda Bama. Foda Bama? A sério? Quem foram os paizinhos desta criatura, ah? Ainda pensei abrir mas aquele primeiro nome pelo qual o/a indivíduo/a se dá fez-me ter um bocado de receio sobre o possível conteúdo do mesmo. Lá foi para a lixeira, como todos os outros. E agredecia que me deixassem de mandar coisitas dessas porque não dá com nada apanhar sustos destes!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Melhor terapia do mundo?

Ser acordada por uma mensagem da minha Lilazinha e ter a certeza que já eram horas e mais que horas para me levantar. Lenço na cabeça (isto não é verdade mas é só para dar uma ideia de mulher trabalhadora), máquina de lavar com uma carrada de roupa e preparar-me para limpar a casa toooda! Hoje acho que não me importo de ser um bocadinho escrava. Mas antes de tudo, ligar a música muiito alta. Aquela música que faz querer pinchar de tanta alegria. E é isto.

Não podemos passar este mês à frente?

Desconfio que o Outubro é sempre portador de más noticias. O do ano passado não me lembro mas o de há dois anos nem me consigo esquecer. E hoje foi igual. Não é que não estivesse à espera, porque estava, mas é tão, tão estranho. E desta vez não houve lágrimas, é certo, mas o vazio e o aperto no coração estão aqui. E sim, eu devia gritar e chorar que nem uma Madalena arrependida mas para quê? Amanhã, tenho a certeza que estará tudo bem e vamos é encarar a vida com um sorriso nos lábios! Vocês estão comigo, não estão?